O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) pelo crime de corrupção passiva. Na denúncia, Aécio teria recebido o dinheiro do empresário Joesley Batista em 2017. Em troca, o então senador atuaria em favos da JBS, empresa de Joesley, no Congresso Nacional.
A irmã de Aécio, Andrea Neves; o primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor do então senador Zezé Perrella, também são réus na ação.
Além da condenação, o MPF também pediu a perda de mandato do deputado Aécio Neves. Já Andrea é acusada de envolvimento direto na propina, assim como Frederico e Mendherson, acusados de carregarem as malas com o dinheiro.
Segundo a MPF, a maior parte dos pagamentos foi flagrada e filmada pela Polícia Federal durante as investigações. Em nota, a defesa de Aécio disse que o MPF “surpreendentemente, ignorou o fato de que os próprios delatores, quando ouvidos em juízo, afastaram qualquer ilicitude envolvendo o empréstimo feito ao Deputado que, segundo eles próprios, não teve qualquer contrapartida. As provas deixaram clara a inexistência de qualquer crime e a defesa aguarda, com tranquilidade, a apreciação pelo Poder Judiciário”.
A defesa de Andrea Neves também nega as acusações. O advogado de Mendherson Souza Lima e Antônio Velloso Neto disse que não há qualquer prova contra seu cliente.
O advogado de Joesley Batista, André Calligari, disse que seu cliente não irá se manifestar, já que está apenas na condição de testemunha.
ATENÇÃO: O MPF pediu a condenação e a perda do mandato do deputado Aécio Neves no processo em que o tucano é acusado de receber R$ 2 milhões do então presidente da J&F, Joesley Batista.
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) February 22, 2022