Mudanças climáticas elevam frequência de ondas de calor no Brasil

Mudanças climáticas elevam frequência de ondas de calor no Brasil
Dia quente – Créditos: depositphotos.com / stlambauer

Em 2025, o Brasil tem enfrentado uma série de eventos climáticos extremos, com ondas de calor se destacando entre os fenômenos mais impactantes. As regiões Sudeste, Sul e Nordeste do país estão sob a influência crescente de massas de ar quente e seco, resultando em temperaturas que superam significativamente a média climatológica. Este fenômeno, já amplamente observado em janeiro e fevereiro, continua a desafiar a população e as autoridades.

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De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a terceira onda de calor do ano começou a se manifestar em meados de fevereiro, com projeções indicando temperaturas máximas ultrapassando em mais de 5°C a média esperada para o período. Essa elevação brusca e contínua de temperatura leva não apenas a riscos ambientais, mas também as preocupações em saúde pública. O critério para classificar um evento como onda de calor, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), inclui temperaturas excedendo a média em pelo menos 5°C por um período consecutivo mínimo de cinco dias.

Como as ondas de calor afetam a sociedade?

Ondas de calor têm impactos profundos em diversas áreas. Entre os mais imediatos estão os efeitos sobre a saúde pública. Quando as temperaturas sobem de forma abrupta, há um aumento nos casos de doenças relacionadas ao calor, como desidratação e insolação. Além disso, populações vulneráveis, como idosos e crianças, estão sob risco ainda maior durante esses eventos.

No âmbito econômico, o agronegócio sofre com a escassez hídrica e o estresse térmico nas plantações. Isso pode levar a perdas significativas de culturas, colocando em risco a segurança alimentar e a estabilidade econômica de regiões dependentes da agricultura. As próprias cidades enfrentam desafios adicionais, como a sobrecarga nos sistemas de energia devido ao aumento no uso de ar-condicionado e ventiladores.

Mudanças climáticas elevam frequência de ondas de calor no Brasil
Dia quente – Créditos: depositphotos.com / luisrftc

Por que as ondas de calor estão se tornando mais frequentes?

A frequência crescente das ondas de calor está intrinsecamente ligada às mudanças climáticas globais. O aumento nas emissões de gases de efeito estufa tem sido apontado como um catalisador para o aumento das temperaturas médias em escala global. Esse fenômeno não apenas intensifica o calor durante certas épocas do ano, como também favorece a ocorrência de eventos climáticos extremos, como as ondas de calor.

Além disso, as condições atmosféricas específicas que mantêm as massas de ar quente e seco em uma determinada região tendem a ocorrer com mais regularidade e intensidade. Isso é resultado de alterações nos padrões climáticos que, por sua vez, são impulsionadas por distúrbios ambientais em larga escala, como o desmatamento e a urbanização desenfreada.

Ações e medidas para mitigar os efeitos

Para enfrentar os desafios impostos pelas ondas de calor, é crucial que governos, organizações e indivíduos tomem medidas preventivas e de adaptação. No nível municipal e estadual, estratégias incluem a implementação de sistemas de alerta precoce para informar a população sobre riscos iminentes e fornecer orientações sobre precauções a serem adotadas.

  • Planejamento Urbano Sustentável: A promoção de espaços verdes nas cidades para reduzir o efeito de ilhas de calor.
  • Educação e Consciência: Campanhas educativas para sensibilizar as comunidades sobre os riscos do calor extremo.
  • Inovação em Agricultura: Desenvolvimento de técnicas agrícolas resistentes ao clima, para proteger a produção agrícola.

Como o INMET contribui para a prevenção?

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desempenha um papel crucial na monitorização e divulgação de informações meteorológicas. Além de emitir previsões diárias, o Inmet fornece avisos sobre condições meteorológicas que podem representar perigo. Estes serviços são vitais para preparar a sociedade para os efeitos das ondas de calor, minimizando seus impactos adversos.

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