
Recentemente, uma investigação revelou um esquema de corrupção dentro de um presídio em Pernambuco, onde drogas eram escondidas em embalagens de marmitas e vendidas dentro da unidade. As imagens capturadas mostraram uma rotina de luxo entre os detentos, incluindo festas com comida e bebida à vontade, além de celas equipadas com videogames e sistemas de som.
O esquema contava com a conivência de agentes penitenciários, que facilitavam a entrada de itens proibidos em troca de propinas. Essa rede de corrupção foi desmantelada após uma operação da Polícia Federal, que resultou na prisão de vários agentes e do ex-diretor do presídio.
Como funcionava o esquema de corrupção?
O esquema dentro do presídio era mantido por meio de propinas pagas a agentes penitenciários. Em troca de joias, celulares e dinheiro, os agentes permitiam a entrada de drogas e outros itens proibidos. Um dos agentes investigados chegou a construir uma piscina em casa com o dinheiro recebido de propinas.
O diretor do presídio, Charles Belarmino de Queiroz, também estava envolvido, sendo apontado como um dos principais articuladores do esquema. A investigação revelou que os agentes eram praticamente sócios dos presos nas atividades criminosas.
Quais foram as consequências da operação policial?
Na operação realizada pela Polícia Federal, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, resultando na prisão de oito agentes penais e do ex-diretor do presídio. A investigação teve início após a apreensão de um telefone usado por Lyferson Barbosa da Silva, considerado o chefe do esquema dentro da unidade prisional.
Os agentes envolvidos podem responder por corrupção passiva, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A defesa de Charles Belarmino de Queiroz alega que o material da investigação não passou por perícia judicial, o que, segundo eles, fragiliza a acusação.
Quais medidas foram tomadas após a operação?
Após a operação, a Secretaria de Administração Penitenciária de Pernambuco informou que o ex-diretor e outros quatro agentes foram afastados antes da ação policial. Lyferson Barbosa da Silva foi transferido para um presídio federal. A polícia continua investigando a corrupção no Presídio de Igarassu e pode realizar novas operações caso surjam mais provas contra outros envolvidos.
Este caso ressalta a importância de uma vigilância contínua e de medidas rigorosas para combater a corrupção dentro do sistema prisional, garantindo que a justiça seja aplicada de forma eficaz e que os direitos humanos sejam respeitados.
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