O estado de São Paulo deve enfrentar um setembro de extremos climáticos, com pouca chuva, temperaturas acima da média e ondas de calor, segundo previsões da Climatempo. O início do mês promete temperaturas até 5 °C acima do esperado para o final de inverno.
Em relação às ondas de calor, a Climatempo salienta que a intensidade pode superar a das registradas em março, abril e maio, tanto em duração quanto em temperaturas. “Esta pode ser a onda de calor mais forte que tivemos até agora”, destaca a agência meteorológica.
Temperaturas em São Paulo: o que esperar?
Para os moradores da capital paulista, as primeiras duas semanas de setembro trarão grande variação térmica, com oscilações entre 14 °C e 37 °C. Segundo a Climatempo, o dia mais frio será sexta-feira, 6 de setembro, com temperaturas variando entre 13 °C e 18 °C.
Já nas noites, o clima deve permanecer ameno a frio na maioria da região Sudeste. Em São Paulo, o cenário de baixas temperaturas noturnas é reforçado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), que prevê um bloqueio atmosférico garantindo dias ensolarados.
Como ficam as chuvas em São Paulo?
O mês de setembro também deve apresentar um déficit significativo de chuvas no estado de São Paulo, com precipitações entre 10 mm e 30 mm abaixo da média. A exceção é a região litorânea, onde a Climatempo prevê precipitação dentro dos padrões esperados.
Para a capital paulista, apenas um dia com possibilidade de chuva está previsto na primeira quinzena do mês: quinta-feira, 5 de setembro, com um volume acumulado de apenas 4 mm.
Qual o impacto na saúde e no meio ambiente?
Outro ponto de atenção é a baixa umidade do ar, que pode atingir níveis emergenciais no interior paulista e até 15% de umidade na capital no dia 11 de setembro. Essa condição desfavorece a dispersão de poluentes, o que requer maiores cuidados com a saúde, especialmente para crianças e idosos, conforme apontado pelo CGE.
- Umidade do ar abaixo de 12% no interior paulista;
- Umidade de 15% na capital no dia 11 de setembro;
- Alerta para riscos de incêndio na capital emitido pela Defesa Civil, vigente até 5 de setembro.
Por que a bandeira tarifária é vermelha?
A Climatempo também adverte sobre um efeito colateral importante: o risco de queimadas em várias regiões do Brasil, exacerbado pela combinação de calor intenso e baixa umidade. Esse cenário preocupa setores diversos, incluindo saúde, agricultura e energia.
Na última sexta-feira, 3 de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a bandeira tarifária vermelha patamar 2 para setembro, o que resulta em um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Este é o primeiro acionamento desta bandeira desde agosto de 2021, motivado pela previsão de chuvas abaixo da média, impactando os reservatórios das hidrelétricas do país.
Fique atento às atualizações climáticas e tome medidas preventivas para cuidar de sua saúde e evitar riscos desnecessários durante este setembro atípico.
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