Paulo Menezes, coordenador do Comitê diz que, “será difícil funcionar” monitoramento de viajantes não vacinados em SP

O especialista afirma, “eu acho difícil funcionar porque exige ainda mais do trabalho das vigilâncias de saúde, que já estão bastante sobrecarregadas com suas outras atribuições”

Paulo Menezes, coordenador do Comitê diz que, “será difícil funcionar” monitoramento de viajantes não vacinados em SP
Ele diz que já está sob responsabilidade delas os procedimentos que estão relacionados às medidas para prevenção contra a Covid-19 das pessoas que já estão no país (Créditos: Rebeca Figueiredo Amorim/Getty Images)

As vigilâncias Sanitárias de estados e municípios estão muito sobrecarregadas devido a pandemia da Covid-19, e contar com elas para monitorar os viajantes que não estão vacinados é arriscado, afirma Paulo Menezes, coordenador do Comitê Científico de São Paulo.

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O especialista afirma, “eu acho difícil funcionar porque exige ainda mais do trabalho das vigilâncias de saúde, que já estão bastante sobrecarregadas com suas outras atribuições”.

Ele diz que já está sob responsabilidade delas os procedimentos que estão relacionados às medidas para prevenção contra a Covid-19 das pessoas que já estão no país, e que, mesmo com o conhecimento acumulado, a dificuldade é a operacionalização do acompanhamento diante do atual contingente das vigilâncias.

Menezes avalia que seria mais eficiente a instituição do passaporte vacinal, que vem sendo pedido a brasileiros que estão no exterior e que é prática comum, também na exigência para prevenir outras doenças para os viajantes internacionais.

Seria muito mais simples o passaporte vacinal, como é exigido para que brasileiros possam viajar para outros países. Nós não podemos sair daqui sem apresentar no embarque o passaporte vacinal. Sem contar a exigência da vacinação de febre amarela”, explica.

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Instituição do passaporte paulista

Ele também afirma que, para decidir a viabilidade de um passaporte da vacina de quem entra no estado de São Paulo apenas, como o governo estadual já havia prometido, teria que detalhar aspectos logísticos a essa operação.

“Do ponto de vista sanitário, gostaríamos de proteger (os brasileiros) desse tipo de exposição. Mas o ideal seria que o governo federal estabelecesse em todo o país (o passaporte vacinal), já que as principais portas de entrada são de responsabilidade do o governo federal”, avalia.

Cinco dias de quarentena

A quarentena de cinco dias que o ministério da Saúde estabeleceu para os não vacinados que vêm de fora do país não tem sua eficácia comprovada.

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“Quarentena de cinco dias, é uma medida que não temos nenhuma ideia da sua eficácia no sentido de impedir que novas variantes adentrem no país e comecem a transmitir para  a nossa população”, afirma.

Ele também contesta a criação do desse período de quarenta, não se encaixa no período de incubação do vírus. “Nós sabemos que o período de incubação pode durar até duas semanas. Cinco dias é um período que eu não sei de onde surgiu?”, conclui.

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