
A partir desta segunda-feira (30), policiais militares do Rio de Janeiro começarão a utilizar câmeras portáteis acopladas em seus uniformes. A medida, que visa diminuir a letalidade das operações policias no estado, foi implantada seis dias após 23 pessoas terem morrido durante uma ação na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio.
Prevista inicialmente para o dia 16 deste mês, a instalação dos equipamentos sofreu atraso, porque a empresa fornecedora alegou questões operacionais e pediu mais tempo para entregar os dispositivos. A licitação de compra do equipamento prevê a aquisição de 21 mil câmeras, sendo que cada uma delas custa R$ 296, totalizando mais de R$ 6 milhões. A previsão é de que 1.637 PMs usem as câmeras, que serão instaladas nas fardas dos agentes que fazem policiamento ostensivo.
De acordo com o governo, as câmeras serão usadas nesse primeiro momento em agentes de nove unidades nos bairros de Botafogo, Méier, São Cristóvão, Tijuca, Olaria, Ilha dor Governador, Copacabana, Leblon e Laranjeiras.
Os aparelhos começam a gravar automaticamente por 12 horas quando os policiais os retiram de uma espécie de totem que ficará nos batalhões, usando reconhecimento facial. Eles também permitem que funcionários no centro de monitoramento conversem com o policial.
Todas as imagens e áudios são transmitidos em tempo real ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no centro da cidade, e ficam armazenados em uma nuvem por 60 dias. Segundo a empresa, eles passam por uma autenticação que impede qualquer tipo de edição ou alteração.
A instalação de câmeras portáteis nas fardas dos agentes é uma das medidas previstas no plano de redução da letalidade policial, apresentado pelo governo do estado no final de março.
➡️ RJ: PM começa a usar câmeras em uniformes nesta segunda-feira (30/5).
“O equipamento não vem para vigiar ninguém, não vem para punir ninguém”, disse secretário da Polícia Militar durante cerimônia.
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— Metrópoles (@Metropoles) May 30, 2022