Popularidade de Lula cresce após visita a líderes europeus

Lula ainda não confirma candidatura à presidência em 2022 após temporada na Europa: ‘não depende de uma vontade pessoal’

Popularidade de Lula cresce após visita a líderes europeus
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Crédito: Alexandre Schneider/ Getty Images)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nas últimas semanas, com representantes de relevantes democracias europeias e fez declarações que mostraram sua opinião sobre o momento que passa a política internacional. Mesmo após ver sua popularidade aumentar nas redes sociais, o ex-presidente ainda não confirmou sua candidatura às eleições de 2022.

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Entre os pré-candidatos a corrida presidencial, Lula cresceu em popularidade nas redes sociais, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se manteve estável. Os dados são do Índice de Popularidade Digital (IPD), realizados pela consultoria Quaest e divulgadas pelo Poder 360. O índice analisa diversas variáveis do Twitter, Instagram, Facebook, Youtube, Google e Wikipédia.

Em entrevista exclusiva ao jornal El País na Espanha, ao ser perguntado sobre a relutância em se apresentar como candidato, Lula afirmou que “não depende de uma vontade pessoal, não depende de mim. Eu tenho que construir com outras pessoas e com outros partidos um programa para o Brasil. Tenho que fazer uma aliança, porque o importante não é apenas ganhar as eleições, é você governar”.

Entre os pontos levantados pela entrevista, o líder petista deu declarações polêmicas. Apesar de afirmar ser “contra a candidatura de Daniel Ortega”, Lula minimizou a ditadura da Nicarágua e “por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder, e Daniel Ortega não? Por que Margaret Thatcher pode ficar 12 anos no poder, e Chávez não? Por que Felipe González pôde ficar 14 anos no poder?”.

Daniel Ortega, 76 anos, está no poder desde 2007 na Nicarágua. Ele obteve seu quarto mandato consecutivo em 75,92% dos votos, mas o resultado das urnas não foi reconhecido pela União Europeia, Estados Unidos e vários países da América Latina. Meses antes das eleições, grupos de oposição denunciaram o governo de deter opositores, em um movimento de repressão.

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Mesmo com as falas controversas, a popularidade de Lula cresceu durante o último mês, para o editorial do El País “sua candidatura à presidência do Brasil é a alternativa para acabar com o populismo de extrema direita de Bolsonaro”.

Ainda durante a entrevista, o ex-presidente do Brasil também falou sobre a possível candidatura do ex-juíz Sérgio Moro (Podemos). “Não estou preocupado. É ele que precisa ficar preocupado. Sem a proteção da toga de juiz e sem a proteção do Código Penal, será candidato como eu, como cidadão comum. E, nesse caso, é muito mais fácil”, acrescentou.

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