crime organizado

Presidente de empresa de ônibus é preso em SP por suspeita de ligação com o PCC

O presidente afastado da empresa de transporte UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, foi preso no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
Polícia prende presidente de empresa de ônibus de São Paulo investigado por lavar dinheiro do crime organizado – Crédito: Reprodução/TV Globo

O presidente afastado da empresa de transporte UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, foi preso nesta sexta-feira (20) no Tatuapé, zona leste de São Paulo. A ação, realizada pela Polícia Militar de São Paulo em conjunto com o Ministério Público, investiga o envolvimento de Ubiratan em crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa com conexão ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

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O empresário, que já havia sido preso em julho por posse ilegal de armas, estava em regime domiciliar. Ele foi abordado pela PM ao lado de um estacionamento enquanto se dirigia a uma consulta médica.

Como as investigações ligam as empresas ao crime organizado?

As suspeitas recaem sobre a participação da UPBus e da Transwolff em um esquema de lavagem de dinheiro para o PCC. De acordo com o Ministério Público, essas empresas teriam movimentado recursos oriundos de tráfico de drogas, roubos e outros crimes.

A Operação Fim da Linha, deflagrada em abril deste ano, identificou que, apesar de registrarem prejuízos em anos anteriores, as empresas declaravam ganhos milionários e distribuíam lucros a seus sócios. A Receita Federal também apurou que mais de R$ 25 milhões em tributos federais foram objeto de compensações fraudulentas, permitindo que as empresas obtivessem documentos necessários para participar de licitações.

Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões em bens. Durante as buscas em imóveis ligados aos investigados, foram encontrados fuzis, joias e grandes quantias de dinheiro.

Impacto do transporte público na cidade

Juntas, UPBus e Transwolff transportam cerca de 700 mil passageiros diariamente nas zonas leste e sul de São Paulo. Apenas em 2023, a Transwolff arrecadou quase R$ 748 milhões, enquanto a UPBus obteve mais de R$ 80 milhões, segundo o Ministério Público.

As empresas seguem sendo investigadas por suspeitas de práticas ilícitas que incluem fraudes em licitações, comprometendo a competitividade do setor e a regularidade das concessões públicas.

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