Pabla Melo Klauss, estudante de Direito de 29 anos, foi presa na segunda-feira, 25, enquanto apresentava seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Ela é suspeita de administrar as finanças de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas na cidade.
Identificada pela polícia como uma peça-chave na gestão financeira de um grupo criminoso, Pabla atuava em conjunto com seu companheiro, que atualmente se encontra encarcerado. Esta facção é acusada de orquestrar uma série de crimes, incluindo ordens de execuções e a aplicação de penas mediante tortura. A abrangência dos crimes financeiros que ela gerenciava é tema de investigações desde 2019.
Quais foram os crimes associados a estudante?
A investigação policial aponta que Pabla era responsável pela administração financeira de operações ligadas ao tráfico de drogas, contrabando de cigarros e cobranças ilegais de comerciantes, sob pretexto de garantir segurança. Seu papel era essencial para o funcionamento da facção, assegurando que os fundos ilícitos fossem angariados e utilizados em atividades criminosas.
A coordenação das finanças tinha o apoio de seu parceiro, que mesmo atrás das grades, participava de grupos de mensagens onde eram decididas ações contra desafetos e traidores, frequentemente resultando em penas capitais. Essa conexão digital ilustra como o crime organizado tem evoluído no uso de tecnologias para manter suas operações, mesmo com líderes encarcerados.
eu queria ter conhecido a estudante de direito q foi presa apresentando o tcc, realmente meu pais rondonopolis não é p amadores
— Manu (@emanuellyllc) November 27, 2024
As investigações que começaram em 2019 revelaram uma trama complexa envolvendo Pabla e seu parceiro. Eles foram monitorados por suspeitas de associações ilícitas, principalmente o envolvimento no tráfico de drogas e em esquemas de extorsão. À medida que as provas foram sendo acumuladas, as autoridades conseguiram delinear o papel específico de Pabla como gerente de finanças da facção criminosa.
Foi revelado que o casal possuía uma ficha criminal extensa, demonstrando um histórico prolongado de atividades ilícitas. A colaboração do parceiro de Pabla em grupos de mensagem para coordenar operações criminosas destaca a complexidade e adaptabilidade dessas organizações, que operam além das fronteiras físicas das prisões.
Os investigadores da Polícia classificam Pabla e seu companheiro como altamente perigosos, dados os crimes que supervisionavam. A influência que mantinham sobre a facção criminosa era significativa, com poder suficiente para influenciar sentenças de morte e processos de punição interna. A prisão e investigação contínua desses indivíduos são essenciais para desmantelar estas redes de crime organizado.