Saiba mais sobre o impacto do fenômeno La Niña na climatologia do Brasil

La Niña provoca seca no sul e alagamentos no norte do Brasil
La Niña provoca seca no sul e alagamentos no norte do Brasil – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

O fenômeno La Niña tem desempenhado um papel significativo nas condições climáticas do Brasil nos últimos meses e continuará a influenciar o clima em fevereiro de 2025. Este fenômeno é conhecido por alterar os padrões de vento e temperatura, impactando diretamente a circulação atmosférica em diversas regiões. Um dos principais efeitos é a facilitação da passagem de frentes frias do Sul para o Sudeste do Brasil, além de estimular a formação de corredores de umidade e Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

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A interferência da La Niña resulta em um aumento da frequência de chuvas em determinadas regiões do país, especialmente no Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Estes eventos climáticos são essenciais para a manutenção dos ecossistemas e das atividades econômicas, como a agricultura. Neste contexto, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) também desempenha um papel crítico, intensificando as chuvas principalmente no extremo norte do Brasil.

La Niña trará chuvas aumentadas e temperaturas menos extremas
La Niña trará chuvas aumentadas e temperaturas menos extremas – Créditos: depositphotos.com / DogoraSun

Como as precipitações em fevereiro afetam o Brasil?

Historicamente, fevereiro é um mês de alta pluviosidade no Brasil, apresentando temporais frequentes devido ao calor e umidade. No entanto, as áreas conseguem variação na distribuição de chuvas. Por exemplo, o centro-leste do Nordeste tende a experimentar menores volumes de precipitação. Esta distribuição irregular das chuvas pode ter impactos significativos no setor agrícola, influenciando culturas como milho, soja e cana-de-açúcar.

Enquanto muitas regiões devem escapar de ondas de calor por conta da cobertura de nebulosidade, o Rio Grande do Sul e as regiões na fronteira com o Paraguai podem sujeitar-se a temperaturas mais altas do que o normal. Estas localidades também enfrentam desafios relacionados a períodos prolongados de seca, que podem afetar não apenas a agricultura, mas também o abastecimento de água.

Quais regiões estão mais Afetadas?

No Sul, o Rio Grande do Sul tem expectativa de baixa frequência de chuvas, com maior concentração no norte do estado. Santa Catarina e Paraná podem observar volumes de chuva acima da média em algumas áreas mais no interior. Eventos de chuva intensa e circulação marítima podem surgir após a passagem de frentes frias, especialmente no litoral.

No Sudeste, a presença contínua da ZCAS intensifica os volumes de chuva, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Já o Centro-Oeste deve manter a tendência de chuvas frequentes, com Goiás e Mato Grosso apresentando episódios mais intensos. No Norte, a região deve experimentar chuvas regulares com relevância para Amazonas e Pará, influenciados pela ZCAS e ZCIT.

Qual o cenário para o nordeste em fevereiro?

No Nordeste, as ações da Zona de Convergência Intertropical intensificam as chuvas no Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Contudo, o litoral leste deve ter precipitações mais regulares, mas com volumes ainda abaixo do esperado. Este padrão pode ser crucial para o manejo de recursos hídricos e a segurança alimentar na região.

É fundamental que a sociedade brasileira e seus órgãos governamentais estejam preparados para enfrentar os desafios climáticos que o mês de fevereiro reserva. Adotar práticas sustentáveis e realizar planejamento antecipado pode mitigar os efeitos adversos, promovendo um equilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental.

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