O policial militar que matou o motociclista de aplicativo Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, está preso e será expulso da corporação, conforme declarou o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho. O crime, ocorrido no domingo (1º), foi registrado por câmeras de segurança.
“Realmente era um policial militar. Ele foi preso e responderá pelo ato dele. O crime foi um crime bárbaro, eu vi as imagens, sem nenhuma razão”, afirmou o secretário à CNN nesta segunda-feira (2). Carvalho também reforçou que a conduta do policial não representa a corporação: “Isso é uma exceção em uma corporação como a Polícia Militar, que tem 16 mil homens e mulheres na ativa, que acordam todos os dias e colocam suas vidas em risco para proteger a sociedade”.
O que motivou o policial a cometer o crime?
De acordo com a investigação, o homicídio ocorreu após uma discussão sobre o pagamento de uma corrida de R$ 7. O policial teria se recusado a pagar o valor, gerando o desentendimento. Nas imagens captadas por câmeras de segurança, Thiago aparece questionando o PM, que saca uma arma e dispara contra o jovem.
O suspeito tentou fugir após o crime, entrando em um condomínio onde trocou de camisa. Mais tarde, foi localizado em um ônibus na Avenida Belmiro Correia. Antes de ser detido pela Polícia Militar, ele foi agredido por pessoas revoltados com o ocorrido.
Família e colegas pedem justiça
O corpo de Thiago Fernandes foi sepultado na segunda-feira (2), no Cemitério Municipal de Camaragibe, em meio a um clima de comoção. Familiares e motociclistas de aplicativo realizaram um protesto em frente ao local, exigindo justiça e punição rigorosa para o autor do crime.
A Polícia Civil investiga o caso por meio da 10ª Delegacia de Homicídios de Pernambuco. Paralelamente, a Polícia Militar conduz o processo administrativo que deve formalizar a expulsão do policial.
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