A formação de uma área de baixa pressão está trazendo mudanças significativas para o clima no Brasil, especialmente na região Sul. A expectativa é que esta formação se desloque em direção ao oceano, causando fortes chuvas. As primeiras áreas a serem afetadas incluem o oeste do Rio Grande do Sul na parte da manhã, seguido por outras regiões do estado, oeste de Santa Catarina, Paraná e sul de Mato Grosso do Sul à tarde.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para a possibilidade de volumes de chuva de até 50 milímetros por dia nessas regiões, acompanhados de ventos intensos que podem chegar a 60 km/h. Com base na intensidade prevista, o Inmet classificou este fenômeno meteorológico como de “perigo potencial”, emitindo um alerta meteorológico “amarelo”.
Como o avanço das áreas de baixa pressão afetará o clima?
As áreas de baixa pressão são conhecidas por impulsionar a formação de nuvens carregadas e, consequentemente, temporais. No contexto atual, além do sistema que se move do Paraguai, temos outras formações que intensificam o clima instável. Esse tipo de sistema, quando se combina com cavados, que são áreas alongadas de baixa pressão, aumenta ainda mais o potencial para chuvas intensas.
Espera-se que a pressão diminua ainda mais, afetando significativamente o centro-oeste de São Paulo, norte de Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e sul de Goiás. O avanço desse sistema meteorológico deve gerar um ciclone na medida em que atinge o oceano, neste sábado, trazendo maiores impactos para as regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Como as chuvas afetam outras regiões do Brasil?
A partir de sábado, o deslocamento do sistema de baixa pressão para o oceano deverá originar um ciclone. As previsões apontam para um ciclone extratropical, mas há incertezas que podem alterar o cenário climático. As áreas de maior impacto incluem a região Sul, praticamente todo o estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e partes de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
No domingo, ainda que o ciclone se distancie para alto-mar, ele continuará a canalizar umidade a partir da Amazônia, o que manterá o clima instável. O impacto se estenderá ao norte do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás e partes de Minas Gerais e Mato Grosso.
Como o clima no Norte e Nordeste difere das outras regiões?
Enquanto a maior parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste enfrentam condições tempestuosas, o clima no Norte e Nordeste será ligeiramente diferente. No Norte, espera-se que a chuva ocorra de forma forte, mas de maneira isolada, reduzindo o risco de transtornos significativos. Já no Nordeste, as chuvas serão mais fracas e localizadas, principalmente no Maranhão e partes do Piauí, com a maior parte da região mantendo tempo firme.
Quais são os níveis de alerta meteorológico do Inmet?
O Inmet, vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, continua fornecendo informações cruciais sobre as condições meteorológicas por meio do “Alert-AS – Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos“. Os avisos meteorológicos são emitidos em três níveis: amarelo para perigo potencial, laranja para perigo, e vermelho para grande perigo. Importante ressaltar que esses alertas não têm relação direta com os avisos oficiais emitidos pela Defesa Civil, que são feitos por órgãos ligados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações quando há risco à população.
Essa vigilância contínua garante que as populações nas áreas afetadas possam se preparar adequadamente para enfrentar as adversidades climáticas que se aproximam.
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