CRIME PREMEDITADO

Mais um preso: veja as novidades sobre a chacina no DF, que matou 10 pessoas da mesma família; polícia conclui investigação

Quinto envolvido nos assassinatos foi preso nesta madrugada. Para advogado da família, disputas de terras teria motivado o crime.

Mais um preso: Veja as novidades sobre a chacina no DF
Todos as vítimas já foram encontradas e identificadas. (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

Foi preso na madrugada desta quinta-feira (26), o quinto suspeito de participar da chacina que matou dez pessoas da mesma família, no Distrito Federal.

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Segundo a Polícia Civil, o suspeito é um homem de 25 anos, conhecido como Galego. Ele foi encontrado na cidade de Itapoã, também no Distrito Federal. Galego deverá ser acusado de associação criminosa, extorsão mediante sequestro agravado pelo resultado morte, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Outras quatro pessoas já foram detidas por envolvimento no caso: Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício Silva Canhedo Carlomam dos Santos Nogueira.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (27) em Brasília, a Polícia Civil do Distrito Federal divulgou o resultado das investigações. De acordo com os investigadores os suspeitos fazem parte de uma organização criminosa e planejavam o crime há pelo menos três meses. O local utilizado como cativeiro foi alugada para este fim em outubro do ano passado.

Segundo o  delegado Ricardo Viana, titular da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, o crime foi motivado por questões financeiras e por uma disputa de terras. O delegado Viana explicou que dois dos suspeitos, Horácio e Gideon, moravam na mesma chácara que parte da família assassinada e sabiam que o imóvel era avaliado em R$ 2 milhões. A intenção dos criminosos seria matar a família para ter a posse do imóvel para comercialização.

MATANÇA SOB ENCOMENDA

Ao todo, 10 pessoas foram mortas no crime, todas eram membros da família da cabelereira Elizamar da Silva. Todos os corpos já foram encontrados e identificados.

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Elizamar, de 39 anos, e seus três filhos pequenos, desapareceram em 12 de janeiro. No dia seguinte, o carro dela foi encontrado carbonizado com quatro os corpos dentro, na região de Cristalina (GO), próximo ao DF. As crianças tinham entre seis e sete anos.

Poucos dias depois, familiares relataram o sumiço do marido de Elizamar, Thiago Belchior, além dele também estavam desaparecidos outros três familiares, os pais de Thiago – Marcos Antônio e Renata – e sua irmã, Gabriela. Posteriormente, um segundo carro carbonizado com dois corpos, de Renata e Gabriela, foi encontrado próximo a Planaltina, cidade onde a família morava.

A polícia chegou a suspeitar que Marco Antônio e Thiago haviam encomendado o crime, porém o corpo de Marco Antônio também foi encontrado, próximo de um local que mais tarde, foi confirmado como cativeiro onde a família foi mantida refém.

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Na mesma semana,  foi reportado à polícia o desaparecimento de Claudia Regina Marques de Oliveira e Ana Beatriz Marques de Oliveira, respectivamente ex-mulher e filha de Marcos Antônio.

As últimas três vítimas foram encontradas na madrugada de terça-feira (24), em uma cisterna próxima a casa que foi feita de cativeiro. Os corpos eram de Thiago, Regina e Ana Beatriz.

PRISÕES

Quatro pessoas foram presas até o momento por envolvimento nos assassinatos: Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício Silva Canhedo e Carlomam dos Santos Nogueira. O primeiro trabalhava com Marcos Antônio, sogro de Elizamar e pai de Thiago.

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O segundo confessou o crime à polícia e disse, ainda, que os assassinatos foram encomendados por Thiago e Marcos Antônio. O terceiro foi preso depois disso. Já Carlomam, que se entregou à polícia nesta quarta-feira, conhecia as vítimas e pelo menos um dos outros suspeitos, segundo as investigações. Nesta madrugada, o quinto suspeito conhecido como Galego, foi preso.

DISPUTA POR TERRAS

O advogado da família de Elizamar, disse à imprensa que o crime foi motivado por uma disputa de terras entre os suspeitos e duas das vítimas.

O advogado afirmou, inclusive, que essas terras foram objeto de uma ação que a família ganhou, mas que os criminosos tentavam tomar: “As demais informações correm sob sigilo e o delgado deve falar tão logo conclua o inquérito. Mas, a verdadeira e principal motivação do crime eram as terras”.

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Todos os suspeitos moravam próximos ao sogro da cabelereira e sabiam que a família tinha recebido quantias de dinheiro recentemente.

Segundo João Darc’s, o delegado responsável pela investigação, a polícia tem elementos suficientes para oferecer denúncia ao Ministério Público do Distrito Federal e ao Judiciário contra os suspeitos pelas mortes.

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