
Um dos feridos no incêndio da fábrica Maximus Confecções, ocorrido na última quarta-feira (12), não resistiu e morreu neste domingo (16). Rodrigo de Oliveira, que estava internado em estado grave no Hospital Estadual Getúlio Vargas, foi a primeira vítima fatal da tragédia. Outro paciente segue em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar.
Até a última atualização, das 21 pessoas resgatadas, 12 receberam alta. Um paciente do Getúlio Vargas foi transferido para outra unidade, enquanto outro apresentou melhora. Cinco pessoas internadas no Getúlio Vargas permanecem em estado grave: três mulheres e dois homens. No Souza Aguiar, um paciente segue em estado grave.
As vítimas hospitalizadas passaram por broncoscopia, um procedimento para remover fuligem das vias respiratórias.
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O que causou o incêndio?
Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e agentes da 21ª DP (Bonsucesso) voltaram ao local na quinta-feira (13) para uma nova perícia.
Na primeira inspeção, realizada logo após o incêndio, foram encontradas ligações clandestinas de energia, conhecidas como “gatos”. Por isso, técnicos da Light acompanharam a nova vistoria.
As máquinas utilizadas na confecção de adereços estavam conectadas a fiação irregular. Investigadores tentam determinar se essa instalação ilegal foi a causa do incêndio, que destruiu boa parte do galpão e atingiu fantasias de três escolas da Série Ouro.
O engenheiro civil e perito Júlio César da Silva, professor da UERJ, esteve no local e apontou a sobrecarga elétrica como uma possível explicação.
“Pelo que foi anunciado, me parece um problema elétrico, de sobrecarga, má conservação das instalações elétricas, uso exagerado por conta do carnaval. Me parece mais um problema de qualidade dessas ligações de energia”, afirmou ao g1. O especialista também destacou que o material utilizado na confecção de fantasias é altamente inflamável.
A Receita Federal identificou que duas empresas operavam no mesmo galpão: Maximus Ramo Confecções de Vestuário e Bravo Zulu Confecções e Representações Ltda. Ambas têm registros para a mesma atividade.
Os proprietários são o barraqueiro uruguaio Milton Gonzalez, de 77 anos, e o empresário Hélio Araújo de Oliveira, de 41 anos.
A advogada das empresas compareceu ao local e afirmou desconhecer Milton Gonzalez, mas garantiu que Hélio Araújo de Oliveira prestará depoimento quando for intimado.
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