
O câmbio automático, antes visto como um luxo desnecessário, tem se tornado cada vez mais popular entre os motoristas brasileiros. Este componente, que facilita a condução ao eliminar a necessidade de trocas constantes de marcha, requer cuidados específicos para garantir seu bom funcionamento e longevidade. Ignorar essas precauções pode resultar em problemas mecânicos e custos elevados de manutenção.
Apesar de sua praticidade, o câmbio automático demanda atenção especial em sua utilização. Muitos motoristas desconhecem práticas que podem comprometer a durabilidade desse sistema. A seguir, são apresentadas dicas fundamentais para preservar o câmbio automático e evitar problemas futuros.
Por que evitar o ponto morto em paradas?
Uma prática comum entre motoristas é colocar o carro em ponto morto (neutro) ao parar em semáforos. No entanto, especialistas alertam que essa ação é desnecessária e pode, na verdade, prejudicar o câmbio automático. Quando o veículo está parado, o câmbio não sofre esforço significativo, portanto, não há razão para desengatá-lo.
Além disso, manter o carro em “drive” durante paradas curtas evita desgastes desnecessários no sistema de transmissão. Essa prática simples pode contribuir significativamente para a longevidade do câmbio.
É seguro alterar o software do câmbio automático?
Alguns motoristas buscam aumentar a performance de seus veículos automáticos através de modificações no software ou instalação de chips. Contudo, essa prática pode ser arriscada. Os fabricantes projetam o sistema de transmissão para operar dentro de limites seguros, e qualquer alteração pode comprometer a integridade do conjunto powertrain.

Para aqueles que desejam um desempenho mais esportivo, a recomendação é optar por veículos que já possuam essas características de fábrica, evitando assim possíveis danos ao câmbio e ao motor.
Quando trocar o óleo do câmbio automático?
A troca regular do óleo do câmbio é crucial para o bom funcionamento do sistema. Embora muitos acreditem que o óleo do câmbio seja eterno, ele sofre degradação química ao longo do tempo. Recomenda-se que a troca seja realizada a cada três anos, independentemente da quilometragem percorrida.
Essa manutenção preventiva é essencial, pois o óleo degradado pode causar danos ao câmbio, resultando em reparos caros. Assim, manter o óleo em boas condições é uma forma eficaz de prolongar a vida útil do câmbio automático.
Como evitar danos ao câmbio ao dirigir?
Outra prática prejudicial é acelerar o carro enquanto o câmbio está em “neutro”. Isso pode causar desgaste excessivo nas cintas de embreagem, resultando em reparos dispendiosos. Além disso, dirigir com o tanque de combustível quase vazio pode afetar a pressão de fluído necessária para o funcionamento adequado do sistema.
Por fim, desengatar o câmbio automático com o carro em movimento é um erro grave. Essa ação utiliza a transmissão para parar o veículo, em vez dos freios, causando danos significativos ao câmbio. Modelos mais recentes possuem sistemas que impedem essa prática, mas é importante estar ciente dos riscos.
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