DIVERSIDADE

Influenciadora Karen Bachini revela ser intersexo; entenda o que significa

Segundo pesquisa da ONU, até 1,7% da população mundial pode ter tal característica; no Brasil significaria mais de 3,5 milhões de pessoas.

Influenciadora Karen Bachini revela ser intersexo; entenda o que significa
Influenciadora revelou ser uma pessoa intersexo; pesquisa da ONU estimou em até 1,7% da população com tal característica (Crédito: Reprodução/Youtube

A influenciadora e youtuber Karen Bachini publicou um vídeo em seu canal no YouTube afirmando ser uma pessoa intersexo. A publicação sobre sua condição foi feita na noite desta terça-feira (21).

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Ela contou no vídeo que realizou exames e se entendeu como pessoa pseudo-hermafrodita feminina. A influenciadora contou que possui os genitais e órgãos internos referentes ao sexo feminino, porém não produz hormônios. Ou seja, a influenciadora é uma pessoa intersexo.

A influenciadora disse que, quando tinha 18 anos, procurou por médicos porque possuía os ovários muito pequenos e não tinha glândula mamária. Karen falou que recebeu o diagnóstico de menopausa precoce. “Naquela época foi me dito que eu tinha menstruado em alguma parte da minha vida e entrei na menopausa. Mas eu sempre achei isso muito estranho porque, se eu tivesse menstruado, eu saberia”, relatou.

INTERSEXO: O QUE SIGNIFICA

O termo intersexo é utilizado para descrever algumas variações biológicas naturais do corpo. Em algumas pessoas, as características intersexo são perceptíveis logo no nascimento; em outras, são aparentes até na puberdade. É a letra “I” da sigla LGBTQIAPN+. A letra também se refere ao corpo biológico. As demais letras fazem referência à orientação sexual (como gays, lésbicas e bissexuais) ou identidade de gênero (como cisgêneros e transgêneros).

Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que  entre 0,05% a 1,7% da população mundial nasce com características intersexo. Isto pode significar mais de 3,5 milhões de pessoas apenas no Brasil (de uma população aproximada de 207 milhões).

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Essas pessoas podem ter alterações hormonais, genitais ambíguos e outras diferenças anatômicas, ou mesmo nascer com códigos genéticos diferentes do padrão: o corpo pode ser fisicamente feminino, mas o seu código genético ser XY (X é cromossomo feminino e Y é o masculino). Tal fator pode afetar o desenvolvimento e a produção de hormônios.

Até alguns anos atrás, pessoas intersexo eram chamadas de hermafroditas, porém o termo caiu em desuso, por ser pejorativo. E também porque é associado apenas aos genitais ambíguos ou pessoas que nasciam com os dois genitais, masculino e feminino, sem considerar a questão da produção de hormônios e características internas dos órgãos do aparelho reprodutor.

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