Após o encerramento bem-sucedido das operações do helicóptero Ingenuity, que completou 72 voos nas condições adversas de Marte, a Nasa está desenvolvendo uma nova aeronave robótica que promete revolucionar ainda mais a exploração do planeta vermelho. Apelidada de Chopper, esta aeronave está sendo projetada para integrar tecnologias inovadoras que permitam uma exploração mais eficaz e autônoma de Marte.
O Chopper está planejado para ser significativamente mais robusto do que seu predecessor. Com uma massa de 35 quilos, cerca de 20 vezes mais pesado que o Ingenuity, este drone terá a capacidade de percorrer até três quilômetros por dia em solo marciano, demonstrando uma autonomia impressionante ao longo de mais de 24 horas e 40 minutos de um sol marciano.
O que torna o helicóptero notável?
Uma das características mais marcantes do Chopper é sua autonomia de pouso. Ao contrário do Ingenuity, que necessitava do suporte do rover Perseverance para ser levado até Marte, o Chopper pousará sozinho, diretamente da órbita à superfície. Isso é possível graças a um avanço técnico: a inclusão de um jetpack, um dispositivo que controlará o pouso ao desacelerar a aeronave ao entrar na atmosfera de Marte.
Equipar o Chopper com um jetpack adiciona complexidade ao seu design, que precisa suportar esse sistema de propulsão adicional. Contudo, a vantagem de eliminar a necessidade de um sofisticado sistema de pouso e a capacidade de selecionar autonomamente pontos de entrada menos restritivos compensam esse desafio, contribuindo para a eficiência em combustível e simplificando a logística do lançamento.
Have you seen a helicopter fly on Mars?@NASAPersevere captured this footage from Ingenuity’s 59th flight on the Red Planet—while Ingenuity kept an eye on the ground. Here’s what we’re learning from our Martian chopper: https://t.co/uGyuPoLfu2 pic.twitter.com/9VmaazmppY
— NASA (@NASA) November 22, 2023
Embora promissor, o desenvolvimento do Chopper traz consigo desafios antigos e novos. Como enfrentado na época do Ingenuity, a baixa densidade da atmosfera marciana — apenas cerca de 1% da densidade da Terra ao nível do mar — representa um obstáculo significativo. Isso exige que as hélices do drone girem a velocidades extremamente altas para gerar sustentação suficiente, o que não é trivial em termos de engenharia.
Theodore Tzanetos, supervisor do projeto no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, está otimista sobre o futuro do Chopper. À CNN, disse que a equipe acredita que com esforços conjuntos e novas tecnologias, será possível incorporar o helicóptero em missões futuras de Marte. Já existe um forte trabalho para incluir o Chopper no orçamento dos próximos planos de exploração marciana, esperando oferecer a Nasa uma plataforma de voo ainda mais capaz.
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