desequilíbrio ambiental

Peixe leão é uma ameaça ao equilíbrio ecológico e pode trazer riscos para os humanos; entenda

O peixe-leão, uma espécie invasora originária dos oceanos Índico e Pacífico, tem se tornado uma preocupação crescente no litoral brasileiro
O peixe-leão, uma espécie invasora originária dos oceanos Índico e Pacífico, tem se tornado uma preocupação crescente no litoral brasileiro – Crédito: Canva Fotos

O peixe-leão, uma espécie invasora originária dos oceanos Índico e Pacífico, tem se tornado uma preocupação crescente no litoral brasileiro. Com espinhos venenosos e uma capacidade reprodutiva impressionante, esse animal representa um risco tanto para o ecossistema local quanto para a saúde humana. A presença da espécie no Brasil foi registrada pela primeira vez em 2014, e desde então, sua população tem crescido de forma alarmante.

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Sem predadores naturais na região, o peixe-leão tem se multiplicado rapidamente, ameaçando espécies endêmicas e causando desequilíbrios ecológicos. Além disso, seus espinhos contêm uma toxina que pode provocar reações adversas em humanos, como dor intensa e até convulsões. Por isso, é essencial que medidas sejam tomadas para controlar essa invasão e proteger tanto o meio ambiente quanto as pessoas.

Como o peixe-leão chegou ao Brasil?

A origem do peixe-leão no Brasil ainda é um mistério, mas existem algumas teorias. Uma delas sugere que correntes marinhas possam ter trazido larvas ou exemplares do Caribe, onde também são considerados invasores. Outra hipótese é que o peixe-leão tenha sido introduzido intencionalmente por pessoas que o mantinham em aquários. De qualquer forma, sua presença no litoral brasileiro foi confirmada pela primeira vez em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, em 2014.

Quais são os riscos do peixe-leão?

A presença do peixe-leão no litoral brasileiro é preocupante por várias razões. Primeiramente, a espécie não possui predadores naturais na região, o que permite sua reprodução descontrolada. Além disso, o peixe-leão se alimenta de espécies nativas, ameaçando sua sobrevivência e causando desequilíbrios ecológicos. Em Fernando de Noronha, por exemplo, foi constatado que o peixe-leão tem se alimentado de peixes locais, comprometendo a biodiversidade do arquipélago.

Para os seres humanos, o perigo reside nos espinhos venenosos do peixe-leão. O contato com esses espinhos pode resultar em dor intensa, náuseas e, em casos mais graves, convulsões. Portanto, é crucial evitar o contato com o animal e procurar atendimento médico imediato em caso de acidente.

Como o Brasil está lidando com a invasão?

Para enfrentar essa ameaça, o Brasil tem adotado diversas estratégias. O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) tem treinado mergulhadores e pescadores para identificar e capturar esses animais. Em Fernando de Noronha, por exemplo, operações de captura têm sido realizadas regularmente, e os peixes recolhidos são analisados por instituições de pesquisa.

Além disso, há discussões sobre a possibilidade de liberar o consumo do peixe-leão como uma forma de controle populacional. No entanto, essa medida ainda requer regulamentação. Enquanto isso, campanhas de conscientização e educação ambiental são fundamentais para informar a população sobre os riscos associados ao peixe-leão e as medidas de segurança necessárias.

O que fazer em caso de acidente ou avistamento?

Em caso de acidente com um peixe-leão, é importante lavar a área afetada com água quente para aliviar a dor e procurar assistência médica imediatamente. Se alguém avista-lo, deve entrar em contato com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelo telefone 0800 61 8080, que recebe informações sobre avistamentos e outras ocorrências relacionadas à fauna e flora.

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O combate à invasão do peixe-leão no Brasil é um desafio contínuo que requer a colaboração de órgãos ambientais, pesquisadores e a população em geral. Somente através de esforços conjuntos será possível proteger o ecossistema marinho e garantir a segurança das comunidades costeiras.

Leia também: Peixe abissal: o que pode ter feito o “diabo negro” subir para a superfície do mar?

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