O governo da Rússia acusou as tropas da Ucrânia de cruzarem a fronteira para a região de Kursk. O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (7) que a incursão ucraniana em Kursk era uma grande provocação.
O fato marcaria, se confirmado, a primeira incursão deste tipo a partir de território ucraniano, além de colocar pressão sobre Moscou em uma área em grande parte não afetada por uma guerra que já dura dois anos e meio.
Ucrânia realiza “ataque massivo” contra Rússia
O Ministério da Defesa russo, o Comitê de Investigação Russo e o Provedor de Justiça Russo para as Crianças foram unânimes em dizer que as forças ucranianas lançaram um “ataque massivo” na terça-feira (6), tentando romper as defesas russas nas fronteiras da região de Kursk, que fica ao norte de região de Sumy.
As autoridades ucranianas, por outro lado, não comentaram as alegações. Já as autoridades russas e blogueiros militares disseram que as forças atacaram por terra e ar para entrar na Rússia perto da cidade de Sudzha, a cerca de 10 quilômetros da fronteira.
Cerca de 300 soldados, apoiados por tanques e também veículos blindados, atacaram posições russas perto das aldeias de Nikolayevo-Daryino e Oleshnya, segundo informações do Ministério da Defesa russo.
Inicialmente, o ministério disse que o ataque foi repelido, mas essa afirmação foi posteriormente corrigida para dizer que “o inimigo está sendo infligido com danos”.
Aleksey Smirnov, chefe interino da região de Kursk, disse nesta quarta-feira (7) que milhares de pessoas deixaram a área nas últimas 24 horas.
The Kursk operation proves that contrary to the nonsense peddled by many pro-🇷🇺 commentators of a supposed imminent collapse of the 🇺🇦 forces across the front, Ukraine, by doing what Putin vehemently refuses to do-mass mobilize, retains ample manpower to stay in the fight. pic.twitter.com/qeaKEjA33G
— Ioannis Andris (@AndrisIoannis) August 7, 2024