
O Kremlin reafirmou sua posição contrária ao envio de tropas de paz europeias para a Ucrânia, em resposta a uma declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista recente, o republicano afirmou que a Rússia estaria disposta a aceitar forças internacionais caso um acordo de paz fosse firmado.
A declaração foi contestada por autoridades russas, que ressaltaram que Moscou já havia se manifestado contra qualquer presença militar estrangeira no território ucraniano. O governo russo considera essa possibilidade uma ameaça direta à sua soberania.
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O que disse o Kremlin?
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, evitou uma contradição direta a Trump, mas reafirmou a posição oficial do país. “Há uma posição sobre esse assunto que foi expressa pelo Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov. Não tenho nada a acrescentar a isso e nada a comentar”, declarou.
Na semana passada, Lavrov já havia alertado que a presença de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Ucrânia seria vista como uma “ameaça direta” pela Rússia, independentemente da bandeira sob a qual estivessem operando.
O que Trump declarou?
Durante um evento na segunda-feira (24), Trump afirmou que tanto ele quanto o presidente russo, Vladimir Putin, aceitariam a presença de forças de paz europeias na Ucrânia, desde que houvesse um acordo para encerrar o conflito.
“Sim, ele aceitará isso“, disse o ex-presidente dos EUA, referindo-se a Putin. “Eu perguntei especificamente a ele essa questão e não há problema com isso.“
As declarações de Trump ocorrem em meio às discussões sobre possíveis negociações para encerrar a guerra na Ucrânia. No entanto, a resposta do Kremlin sugere que a Rússia mantém sua postura contrária à presença de forças estrangeiras no território ucraniano.
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