Ucrânia faz primeiro ataque à Rússia com mísseis ATACMS, afirma Moscou

Ucrânia faz primeiro ataque à Rússia com mísseis ATACMS, afirma Moscou
Míssil ATACMS, dos EUA, já foi usado pela Ucrânia para atacar a Rússia – Crédito: Reprodução/TV Globo

O governo da Ucrânia utilizou pela primeira vez os mísseis ATACMS de longo alcance cedidos pelos Estados Unidos, em um ataque ao território da Rússia, segundo informações da imprensa estatal em Moscou.

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A introdução do sistema de mísseis ATACMS altera o enfoque das forças ucranianas e elevou as preocupações de Moscou, que interpretou esse movimento como uma agravante na intervenção ocidental. O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que o ataque “é um sinal que o Ocidente busca uma escalada na guerra”, segundo informou o g1.

Em um comunicado divulgado, o Ministério da Defesa russo afirmou que Kiev lançou seis mísseis ATACMS em direção a Bryansk, região no sudoeste da Rússia e perto da fronteira entre os dois países. Ainda segundo a pasta, não houve vítimas.

Implicações dos mísseis ATACMS na guerra

Os mísseis ATACMS, ou Army Tactical Missile Systems, representam uma ferramenta de precisão eficaz que a Ucrânia pode utilizar, fornecendo um alcance operacional de até 300 km. Esta capacidade permite aos ucranianos atingir posições estratégicas dentro da Rússia, alterando assim o equilíbrio de poder no conflito.

Para a Rússia, que já conta com um avançado arsenal de mísseis como o 9k720 Iskander, os ATACMS representam um desafio significativo.

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A decisão dos Estados Unidos de liberar o uso desses mísseis não foi apenas uma resposta à dinâmica do campo de batalha, mas também uma medida simbólica no apoio ocidental contínuo à Ucrânia.

Isso ocorre em meio a uma conjuntura onde o diálogo diplomático segue estagnado, e as linhas de frente permanecem praticamente inalteradas com a Rússia ocupando cerca de 20% do território ucraniano.

A doutrina nuclear da Rússia aumenta as tensões?

A atualização da doutrina nuclear russa para considerar ataques com armas convencionais como potencial motivo para uma retaliação nuclear marca uma nova fase de incerteza. Esta adaptação foi destacada como uma “resposta necessária” às ameaças emergentes do Ocidente, conforme afirmado por fontes do Kremlin.

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O potencial uso de armas nucleares em resposta a ataques convencionais eleva o risco de um confronto catastrófico. Essa modificação não apenas intensifica o conflito na Ucrânia, mas também alimenta preocupações globais sobre a possível deflagração de um conflito nuclear.

A retórica da Rússia coloca uma pressão adicional sobre os aliados da Otan que têm apoiado a Ucrânia com assistência militar e humanitária, mas que buscam evitar um confronto direto com Moscou.

Leia mais: Ucrânia em alerta: Zelensky sugere aliança militar entre Rússia e Coreia do Norte

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