
O Banco Central (BC) do Brasil revelou uma consulta pública focada em normatizar a denominação de instituições financeiras reguladas. A proposta visa restringir o uso de termos que façam referência a atividades para as quais a entidade não possui autorização formal. Esta iniciativa busca aumentar a transparência na prestação de serviços financeiros, prevenindo possíveis confusões entre os consumidores.
A nova regulamentação impactaria particularmente as fintechs, que, geralmente, operam com licenças de instituição de pagamento e não de banco. Termos em inglês, como “bank”, estariam vedados nos nomes dessas empresas, exceto nos casos em que a licença apropriada fosse obtida. A medida destaca a importância de uma comunicação clara entre as empresas e seus clientes para evitar interpretações errôneas.
Como a proposta pode afetar fintechs como o Nubank?
Um exemplo notável dentro desse cenário é o Nubank, que, sob a nova regra, poderia precisar remover “bank” da sua marca, ficando somente com “Nu” no Brasil. Isso ocorre porque a empresa possui uma licença financeira, mas não de banco, no país. O Nubank já iniciou passos para se adequar internacionalmente, pois no México, por exemplo, solicitou uma licença bancária que está em vias de ser emitida.
Em resposta à consulta pública, o Nubank afirma estar acompanhando as discussões sobre o uso de termos relacionados a “banco” em marcas de instituições financeiras e acredita que qualquer regulação será fruto de um diálogo abrangente. Isso deve permitir que todas as instituições afetadas tenham tempo suficiente para se ajustar às novas exigências.
Como os clientes do Nubank são afetados caso o nome da Fintech mudasse?
Uma possível mudança no nome do Nubank, caso a fintech seja obrigada a retirar o termo “bank” de sua marca, pode gerar algumas dúvidas e até mesmo receios em seus clientes. No entanto, é importante ressaltar que, apesar da mudança no nome, a empresa e seus serviços continuariam os mesmos.
Impactos da mudança do nome
1. Estranhamento inicial
É natural que os clientes estranhem um pouco no começo, afinal, o nome Nubank já está consolidado no mercado e na mente dos consumidores. No entanto, com o tempo, a nova marca seria assimilada e passaria a ser tão familiar quanto a anterior.
2. Dificuldade de reconhecimento
Caso a mudança não seja bem comunicada, alguns clientes podem ter dificuldades em reconhecer a empresa em um primeiro momento, o que poderia gerar alguma confusão. No entanto, campanhas de marketing e comunicação podem ajudar a mitigar esse problema.
3. Fortalecimento da marca “Nu”
Por outro lado, a mudança no nome pode ser uma oportunidade para fortalecer a marca “Nu”, que já é utilizada pela empresa em diversos produtos e serviços. A nova marca poderia ser mais curta, mais fácil de memorizar e mais adequada para o futuro da empresa.
4. Manutenção da qualidade dos serviços
Acima de tudo, é fundamental tranquilizar os clientes, garantindo que a mudança no nome não afetará em nada a qualidade dos serviços oferecidos pelo Nubank. A empresa continuará inovando e buscando oferecer a melhor experiência para seus clientes, independentemente do nome que utilize.

O que dizem os especialistas sobre a regulamentação do BC?
Com a participação ativa do mercado em discussões prévias, a consulta pública sobre a nova norma reforça o compromisso do Banco Central com a transparência e a colaboração com o setor financeiro.
Um ponto relevante da proposta é a previsão de que entidades de um mesmo conglomerado poderão compartilhar a mesma marca, acomodando grandes grupos que já possuem uma identidade visual consolidada. Isso se aplica a instituições que historicamente usaram certos termos, antes da potencial proibição ser implementada.
Quais os próximos passos para a consulta pública?
Instituições fora da conformidade com a proposta teriam um período de 180 dias para apresentar um plano de readequação. O prazo para envio de comentários sobre a consulta pública termina em 31 de maio de 2025. Durante esse período, as instituições afetadas têm a oportunidade de fornecer feedback e sugerir ajustes que ajudem a tornar a proposta mais eficaz para todas as partes envolvidas.
O BC continua a priorizar a transparência e a clareza na relação entre instituições financeiras e seus clientes, buscando proteger o consumidor de potenciais mal-entendidos enquanto incentiva um mercado financeiro mais acessível e competitivo.
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