
No início de 2025, foram implementadas mudanças significativas no Benefício de Prestação Continuada (BPC), causando um misto de desinformação e preocupações entre os beneficiários e a população em geral. O BPC é essencial para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade que não contribuíram para a Previdência Social, concedendo-lhes um salário mínimo mensal. Essas alterações visam, acima de tudo, a melhoria na eficácia e segurança na concessão do benefício.
A Lei nº 15.077/2024 trouxe novidades importantes que merecem esclarecimento. Dentre as mudanças, destaca-se a introdução da avaliação de deficiência obrigatória para concessões a indivíduos com menos de 65 anos. Essa medida é um esforço para garantir maior rigor e precisão na identificação dos beneficiários legítimos do BPC.
Quais são as novas exigências do BPC em 2024?
De acordo com as novas diretrizes, a avaliação das condições de deficiência passou a necessitar do registro do código correspondente na Classificação Internacional de Doenças (CID). Isso significa que todos os casos serão avaliados sob critérios padronizados, buscando uniformidade no processo de verificação e análise dos pedidos.
Além disso, foi estipulado que o Cadastro Único (CadÚnico) deverá ser atualizado a cada 24 meses. Tal medida assegura que as informações presentemente no sistema estejam sempre atualizadas, minimizando o risco de fraudes e erros nos dados cadastrais.
Desinformação e boatos
Devido às recentes reformas, surgiram rumores infundados que causaram pânico desnecessário. Um dos boatos mais comuns afirma que agora seriam considerados os rendimentos de parentes que não moram sob o mesmo teto para o cálculo da renda familiar. É vital destacar que a legislação continua definindo a composição familiar como as pessoas que vivem sob o mesmo teto — sem alterações nesse sentido.
Outro engano propagado é a noção de que somente pessoas com deficiência grave ou média teriam direito ao BPC. Na realidade, o veto presidencial ao dispositivo que limitava a concessão do benefício para esses casos mantém o critério atual: pessoas com qualquer grau de deficiência, considerando impedimento de longo prazo que interfira na participação social em igualdade de condições.

Facilidades tecnológicas e o INSS
Outra mudança importante envolve a atualização cadastral, que não exige visita a uma agência do INSS, como algumas informações sugerem erroneamente. O INSS oferece, através de seu site e o aplicativo Meu INSS, uma ferramenta para facilitar a regularização do cadastro, comunicando de forma clara os passos a serem seguidos para a manutenção do benefício.
A acessibilidade da nova plataforma agiliza a gestão de informações do beneficiário, evitando deslocamentos desnecessários e garantindo praticidade na manutenção do BPC. Assim, novas tecnologias são incorporadas ao sistema para promover acessibilidade e eficiência, assegurando que os processos burocráticos não obstaculizem o acesso ao benefício.
A importância da informação correta
É fundamental que os beneficiários e a sociedade em geral tenham acesso a informações precisas e confiáveis sobre as mudanças nas regras do BPC. A disseminação de informações incorretas pode causar confusão e preocupações injustificadas. As autoridades e instituições responsáveis devem continuar a oferecer esclarecimentos e assistência para assegurar que todos os beneficiários entendam plenamente as alterações, maximizando o apoio àqueles que mais precisam.
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