A queda da taxa de desemprego em agosto representa uma marca histórica para o Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo IBGE, a taxa de desocupação atingiu apenas 6,6%, a menor para o mês desde o início da série histórica em 2012.
Esta redução significativa reflete uma melhora contínua no mercado de trabalho brasileiro, sendo uma das menores taxas já registradas desde dezembro de 2014. Em comparação com o trimestre anterior, encerrado em maio de 2024, houve uma queda de 0,5 ponto percentual, indicando uma recuperação econômica substancial.
Desemprego: como o mercado de trabalho evoluiu?
Os dados da PNAD revelam que o número de pessoas desocupadas no país caiu dramaticamente. Houve uma redução de 6,5% no número de desocupados em relação ao trimestre anterior, resultando em 7,3 milhões de pessoas. Em termos anuais, essa diminuição é ainda mais impressionante, com um recuo de 13,4%.
A população ocupada atingiu 102,5 milhões de pessoas, representando um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Este aumento também é refletido em termos anuais, com um acréscimo de 2,9%, totalizando mais 2,9 milhões de pessoas empregadas.
Quais os principais destaques da pesquisa?
- Taxa de desemprego: 6,6%
- População desocupada: 7,3 milhões de pessoas
- População ocupada: 102,5 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,5 milhões
- População desalentada: 3,1 milhões
- Empregados com carteira assinada: 38,6 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 14,2 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
- Empregadores: 4,3 milhões
- Trabalhadores informais: 39,8 milhões
- Taxa de informalidade: 38,8%
O que é a subutilização do trabalho?
A taxa de subutilização do trabalho, que considera pessoas desocupadas, aquelas que gostariam de trabalhar mais e aquelas que já desistiram de procurar emprego, apresentou uma ligeira queda. Em agosto de 2024, havia 18,5 milhões de pessoas subutilizadas no Brasil, resultando em uma taxa de subutilização de 16%. Esses números sugerem uma melhora no aproveitamento da força de trabalho disponível.
Rendimento médio dos trabalhadores
O rendimento real habitual dos trabalhadores manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, com um valor médio de R$ 3.228. Em uma comparação anual, este valor representa um aumento de 5,1%. A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 326,2 bilhões, marcando um ganho de 1,7% frente ao trimestre anterior e um crescimento de 8,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Aumento de empregos com e sem carteira assinada
O número de empregados com carteira assinada alcançou 38,6 milhões, um recorde desde o início da série histórica da PNAD contínua em 2012. Este número representa um aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e um crescimento anual de 3,8%. Da mesma forma, os empregados sem carteira assinada também alcançaram um número recorde de 14,2 milhões, com uma alta de 4,1% no trimestre e de 7,9% no ano.
A população desalentada, ou seja, aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego, reduziu para 3,1 milhões, o menor número desde o trimestre encerrado em maio de 2016. Essa diminuição representa um recuo de 5,9% no trimestre e de 12,4% em comparação ao mesmo período de 2024.
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