O dólar amanheceu disparado nesta sexta-feira (29). Nesta manhã, a moeda atingiu R$6,11, mantendo a valor um pouco acima da alta histórica de R$6 registrada ontem. O movimento reflete a reação do mercado brasileiro ao novo pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O conjunto de medidas do governo visa reduzir R$ 70 bilhões dos gastos públicos nos próximos dois anos, com cortes em áreas como programas sociais e salário-mínimo. Além disso, prevê-se uma economia total de R$ 327 bilhões até 2030.
A proposta também inclui a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, uma promessa de campanha do presidente. No entanto, essa isenção, que pode custar R$ 35 bilhões, suscitou preocupações no mercado acerca da viabilidade fiscal do Brasil, principalmente se não forem compensadas adequadamente.
Quais são as principais reações do mercado?
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, tem apresentado baixas significativas desde o anúncio do pacote. Analistas destacam que, embora o corte de gastos tenha sido recebido de forma positiva, a revisão da tabela do IR gerou inquietação. O temor reside na possibilidade de a tramitação do projeto não garantir as compensações necessárias, impactando assim o equilíbrio fiscal.
Quais são as expectativas para o futuro das contas públicas?
A alta do dólar indica a desconfiança dos investidores sobre a capacidade do governo de manter um controle efetivo de suas despesas em longo prazo.
O anúncio do pacote fiscal tinha como objetivo fortalecer a confiança dos investidores, demonstrando um comprometimento com um arcabouço fiscal sólido. No entanto, a introdução de isenções de impostos gerou dúvidas sobre a execução efetiva das medidas de cortes.
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