O bloqueio do BPC, que representa a principal fonte de renda para muitos idosos e pessoas com deficiência, gerou uma onda de insegurança entre os beneficiários. A falta de atualização do CadÚnico é a principal causa desse problema.
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), juntamente com o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social), começou a bloqueios desses pagamentos em outubro, seguindo um calendário específico. A falta de atualização cadastral há mais de 48 meses é um dos principais critérios para a suspensão, obrigando os beneficiários a tomarem providências imediatas para evitar a perda definitiva do benefício.
Qual o papel do INSS e das Agências da Previdência Social neste contexto?
Para ajudar os beneficiários do BPC com os pagamentos bloqueados, o INSS criou uma força-tarefa especial. Servidores experientes estarão em agências da Previdência Social por 90 dias para auxiliar na regularização do cadastro, sem a necessidade de agendamento prévio.
A ideia é ajudar a resolver a pendência de atualização cadastral, que pode ser feita também pelo atendimento telefônico na central 135. Contudo, muitos segurados ainda preferem o atendimento presencial, o que levou ao aumento do fluxo nas agências. A orientação é que aqueles que tiveram o benefício bloqueado verifiquem através do aplicativo “Meu INSS” ou mesmo pelo extrato bancário.
Como regularizar o CadÚnico e desbloquear o benefício?
Para desbloquear o benefício, é essencial que o beneficiário do BPC regularize sua situação por meio do CadÚnico, gerenciado pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) municipais. O cadastro deve estar atualizado para evitar o corte definitivo da renda. A atualização deve ser feita com a apresentação de documentos pessoais e de outros membros da família que comprovem a condição econômica dos mesmos.
Após a atualização no CadÚnico, o desbloqueio do benefício ocorre em até 72 horas, conforme informado pelo INSS. Isso é reforçado pelo atendimento telefônico na central 135, que possibilita a comunicação direta acerca da regularização cadastral. Importante notar que as atualizações podem seguir prazos variáveis, dependendo do tamanho do município e do perfil do beneficiário.
O que acontece se o beneficiário não regularizar suas informações?
Os segurados que não atualizarem suas informações dentro dos prazos estipulados poderão ter o benefício cortado permanentemente. Para aqueles que nunca se cadastraram no CadÚnico, é necessário iniciar o processo de registro no Cras o mais rápido possível. Conforme o MDS, há um prazo de até 90 dias para essa regularização, a depender da localidade do beneficiário.
A prevenção deste bloqueio é essencial, e os beneficiários ainda têm a oportunidade de recalcaririzar seus cadastros. A desatualização de dados por mais de quatro anos é um dos motivos que levam ao bloqueio, afetando um número significativo de pessoas que dependem do BPC para garantir sua subsistência.
Quais são as possíveis consequências desta situação?
O impacto social do bloqueio do BPC é considerável, pois afeta diretamente a renda de uma parcela vulnerável da população. A falta de atualização cadastral pode resultar em dificuldades financeiras para aqueles que dependem do benefício para cobrir despesas básicas. O apoio do INSS e do MDS, com a orientação correta sobre a regularização no CadÚnico, são fundamentais para garantir que esses cidadãos mantenham sua assistência.
A pressão para resolver rapidamente os casos de bloqueio também sobrecarrega os serviços de assistência social municipais, exigindo uma resposta efetiva para evitar que mais pessoas sejam prejudicadas. Portanto, é fundamental que os beneficiários estejam cientes das suas responsabilidades de atualização cadastral e busquem orientação sempre que necessário.
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