Golpistas estão usando esse truque com o Pix e pouca gente percebeu

Golpistas estão usando esse truque com o Pix e pouca gente percebeu
Pix (Créditos: depositphotos.com / rafapress)

O golpe do “Pix errado” é uma fraude que tem se tornado comum no Brasil, aproveitando-se do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central. Este golpe começa com uma transferência aparentemente equivocada para a conta da vítima. Em seguida, os golpistas entram em contato, geralmente por WhatsApp ou ligação, alegando que o depósito foi um erro e solicitando a devolução do valor.

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O que muitos não sabem é que, ao mesmo tempo, o criminoso aciona o MED junto ao seu banco, alegando que foi lesado pela vítima. Isso pode resultar no bloqueio ou retirada dos valores da conta da vítima, que já fez uma nova transferência para o golpista, ficando assim com um prejuízo duplo.

Como funciona o Mecanismo Especial de Devolução?

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) foi criado pelo Banco Central para proteger os usuários de transações Pix em casos de erro ou fraude. Quando acionado, o MED permite que o banco do remetente solicite o bloqueio dos valores na conta do recebedor, iniciando um processo de análise que pode durar até sete dias. Se for comprovada a fraude, o dinheiro deve ser devolvido em até 96 horas, desde que ainda haja saldo na conta do golpista.

O banco do remetente deve monitorar a conta do golpista por até 90 dias, realizando devoluções parciais assim que houver saldo. No entanto, o banco que recebeu o Pix não é obrigado a cobrir o prejuízo com recursos próprios, segundo o Banco Central.

Golpistas estão usando esse truque com o Pix e pouca gente percebeu
Pix e notas de dinheiro (Créditos: depositphotos.com / rafapress)

Como evitar cair no golpe do “Pix errado”?

Para evitar cair nessa armadilha, é essencial verificar se o valor realmente entrou na conta antes de realizar qualquer devolução. Caso o valor esteja na conta, a devolução deve ser feita exclusivamente por meio da função de reembolso oferecida pelos bancos, geralmente identificada como “devolver Pix” ou “reembolsar valor”.

Essa função garante que o dinheiro volte exatamente para a conta de origem, impedindo que o golpista alegue qualquer irregularidade. É importante nunca fazer uma nova transferência via Pix para outra conta informada, mesmo que a pessoa insista ou diga estar desesperada.

O que fazer se já caiu no golpe?

Se a pessoa já caiu no golpe do “Pix errado”, é fundamental acionar o banco em até 80 dias após a transação. A instituição deve avaliar o caso e pode aplicar o Mecanismo Especial de Devolução para tentar bloquear os recursos na conta do recebedor. Caso o problema não seja solucionado, a vítima pode registrar uma queixa no Procon ou até mesmo recorrer à Justiça.

Além disso, é importante estar sempre atento a qualquer comunicação suspeita e nunca compartilhar informações pessoais ou bancárias com desconhecidos. A prevenção e a cautela são as melhores formas de se proteger contra fraudes financeiras.

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