
O governo brasileiro apresentou recentemente suas projeções econômicas para o ano de 2026, incluindo um aumento no salário mínimo e uma meta de superávit primário. Estas previsões foram detalhadas no projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), que serve como base para a elaboração do orçamento anual do país. A proposta foi entregue ao Congresso Nacional e está sob análise da Comissão Mista de Orçamento.
O salário mínimo projetado para 2026 é de R$ 1.630, representando um reajuste de 7,37% em relação ao valor atual de R$ 1.518. Este aumento inclui um ganho real de 2,5% acima da inflação, que será confirmada após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em novembro. Além disso, o governo estabeleceu uma meta de superávit primário de R$ 34,3 bilhões, equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Quais são as metas fiscais para os próximos anos?
O Poder Executivo planeja uma trajetória de superávit crescente para os anos seguintes. A meta é alcançar um superávit de 0,5% do PIB em 2027, 1% em 2028 e 1,25% em 2029. Esta estratégia visa cumprir as regras fiscais e promover resultados primários positivos, equilibrando responsabilidade fiscal com políticas sociais.
Para 2026, o limite de despesas foi fixado em R$ 2,43 trilhões, conforme o novo arcabouço fiscal. O Ministério do Planejamento e Orçamento prevê um aumento nas despesas obrigatórias, como Previdência Social e Benefício de Prestação Continuada (BPC), enquanto as despesas discricionárias devem diminuir progressivamente até 2029.
Como o governo planeja lidar com as despesas obrigatórias?
O crescimento das despesas obrigatórias está reduzindo o espaço para gastos discricionários, destinados a novas políticas públicas e investimentos. Para enfrentar esse desafio, o governo planeja realizar uma revisão detalhada da aplicação dos recursos, buscando eficiência e eficácia na alocação orçamentária.

A projeção de receitas para 2026 é de R$ 3,2 trilhões, com a Receita Federal administrando R$ 2,1 trilhões desse total. O Imposto de Renda deve contribuir significativamente, com uma arrecadação prevista de R$ 930 bilhões. Entre as despesas primárias, os benefícios previdenciários e os encargos sociais representam as maiores parcelas.
Quais são as expectativas macroeconômicas para o Brasil?
O governo prevê uma desaceleração do crescimento econômico em 2025, com recuperação esperada a partir de 2026. O crescimento anual deve se manter em torno de 2,5% até 2029, impulsionado por ganhos de produtividade e reformas estruturais, como a reforma tributária e o Plano de Transformação Ecológica.
Em relação à inflação, a previsão é de uma leve aceleração em 2025, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando em 4,9%. Para 2026, a expectativa é de uma variação de 3,5% no IPCA, dentro da meta estabelecida. As projeções para a taxa de juros indicam uma continuidade do ciclo de alta até meados de 2025, seguida por uma redução gradual a partir de 2026. A taxa de câmbio deve permanecer estável, com o dólar cotado em torno de R$ 5,90.
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