
O governo Lula lançou recentemente um programa inovador de crédito consignado voltado para trabalhadores formais do setor privado. Batizado de “Crédito do Trabalhador“, o programa permite que empregados utilizem parte do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para empréstimos. Essa iniciativa visa reduzir as taxas de juros e estimular a economia.
Com a nova medida, trabalhadores com carteira assinada poderão usar até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória em caso de demissão sem justa causa como garantia. A expectativa é que essa mudança reduza as taxas de juros em até 40%, tornando o crédito mais acessível.
Quem se beneficia com o novo programa?
O programa de crédito consignado é direcionado a trabalhadores formais da iniciativa privada, incluindo empregados rurais, domésticos e Microempreendedores Individuais (MEIs). Esses grupos, que anteriormente não tinham acesso a esse tipo de crédito, agora poderão buscar empréstimos em mais de 80 instituições financeiras autorizadas.
Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil possui atualmente cerca de 47 milhões de trabalhadores formais, dos quais 2,2 milhões são trabalhadores domésticos e 4 milhões são trabalhadores rurais e MEIs. Com a inclusão desses grupos, o volume de crédito disponível pode triplicar, passando de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.
Como funciona o crédito consignado com FGTS?
O crédito consignado com FGTS funciona de maneira simples e eficiente. Os trabalhadores poderão acessar uma plataforma digital para comparar ofertas de empréstimos, analisando taxas de juros e condições de pagamento. A partir de 21 de março, o sistema estará operacional, permitindo que os trabalhadores façam suas solicitações.
- CTPS Digital: através do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador pode solicitar propostas de crédito às instituições financeiras.
- Propostas: após a solicitação, o trabalhador recebe ofertas dos bancos em até 24 horas, podendo escolher a mais vantajosa.
- Migração e Portabilidade: quem já possui um consignado ativo pode migrar para a nova linha a partir de 25 de abril, com portabilidade entre bancos disponível a partir de 6 de junho.

Quais são as condições para adesão?
Para aderir ao novo programa, os trabalhadores devem ter carteira assinada e poderão comprometer até 35% do salário bruto, incluindo benefícios e comissões. Em caso de demissão, o trabalhador pode usar o saldo do FGTS e a multa rescisória para quitar a dívida. Se o valor não for suficiente, o pagamento é interrompido até que o trabalhador consiga um novo emprego, com a possibilidade de renegociar o pagamento com o banco.
O desconto das parcelas será feito automaticamente pelo empregador, que repassará o valor à Caixa Econômica Federal, responsável por efetuar o pagamento aos bancos credores. Essa automatização visa garantir a segurança e a eficiência do processo.
O impacto do programa na economia
O “Crédito do Trabalhador” tem o potencial de impulsionar a economia ao facilitar o acesso ao crédito e reduzir as taxas de juros. No entanto, especialistas alertam para o risco de endividamento excessivo, destacando a importância de uma gestão financeira cuidadosa por parte dos trabalhadores.
Com a implementação do programa, espera-se que o mercado de crédito se torne mais competitivo, beneficiando tanto os trabalhadores quanto a economia todo. A medida representa um passo significativo na inclusão financeira de milhões de brasileiros, oferecendo novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
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