
A Mastercard está liderando uma transformação significativa no setor de pagamentos, com o objetivo de eliminar os tradicionais 16 dígitos dos cartões de crédito e a necessidade de senhas até 2030. Este movimento é impulsionado pela crescente adoção da tokenização, uma tecnologia que já está presente em 40% das transações no Brasil.
A tokenização substitui o número do cartão por um código único, aumentando a segurança e a conveniência para os consumidores.
Além disso, a Mastercard planeja integrar a tokenização com a autenticação biométrica, criando um sistema de pagamento mais seguro e sem interrupções. Esta abordagem visa eliminar a necessidade de inserção manual de dados e o uso de senhas, tornando as transações mais rápidas e seguras.
Para alcançar esse objetivo, a empresa está trabalhando em conjunto com diversos atores da cadeia de valor, incluindo fabricantes de dispositivos móveis.
Como a tokenização e a autenticação biométrica funcionam?

A tokenização é um processo que substitui os dados sensíveis do cartão de crédito por um identificador único, ou token, que não pode ser usado fora do contexto da transação específica. Isso significa que, mesmo que um token seja interceptado, ele não pode ser reutilizado.
A autenticação biométrica, por sua vez, utiliza características físicas únicas, como impressões digitais ou reconhecimento facial, para verificar a identidade do usuário, eliminando a necessidade de senhas tradicionais.
Combinando essas duas tecnologias, a Mastercard pretende oferecer uma experiência de pagamento mais fluida e segura. O uso de biometria não só aumenta a segurança, mas também melhora a experiência do usuário, já que elimina a necessidade de lembrar senhas complexas ou inserir dados manualmente.
Quais são os pilares da estratégia da MasterCard?
Em 2025, a Mastercard está focada em três pilares principais para impulsionar essa transformação no Brasil e no mundo. O primeiro é o “click to pay”, que armazena dados de cartões de forma criptografada, permitindo que as compras sejam finalizadas com poucos cliques. O segundo é o “passkey”, um sistema de autenticação biométrica que substitui as senhas tradicionais. Por último, a empresa está investindo em pagamentos B2B, especialmente em setores como pequenas e médias empresas, viagens e entretenimento.
Essas iniciativas visam não apenas melhorar a segurança das transações, mas também simplificar o processo de pagamento, tornando-o mais acessível e conveniente para os consumidores e empresas.
O impacto econômico e a visão da MasterCard
Apesar das inovações tecnológicas, o cenário macroeconômico continua a ser um desafio. Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard no Brasil, ressalta que a inflação não beneficia as bandeiras de cartão a longo prazo. Embora possa haver um impacto positivo no curto prazo, a inflação corrói o poder de compra dos consumidores.
A alta de juros é vista como uma solução para controlar a inflação, mas é crucial manter o desemprego baixo e a massa salarial em níveis adequados para garantir um consumo saudável.
Em resumo, a Mastercard está se posicionando na vanguarda da inovação em pagamentos, buscando equilibrar segurança, conveniência e sustentabilidade econômica. A transição para um sistema de pagamento sem números de cartão e senhas representa um passo significativo em direção a um futuro mais seguro e eficiente para consumidores e empresas.
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