
Diante da intensificação do golpe da falsa suspensão da CNH, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu um alerta crucial para a população. A fraude, que tem feito vítimas em diversas localidades e causado apreensão entre as autoridades devido à sua crescente sofisticação, demanda cautela por parte dos condutores em todo o Brasil.
O golpe consiste no envio de mensagens falsas, onde os criminosos se passam por órgãos oficiais, como a PRF ou a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Eles informam ao condutor sobre supostas multas não pagas, que estariam prestes a resultar na suspensão da CNH. A mensagem vem acompanhada de boletos bancários falsificados, que, à primeira vista, parecem legítimos.
Como os criminosos atuam?
Os golpistas utilizam e-mails, SMS ou aplicativos de mensagens para se comunicar com as vítimas. Eles criam boletos bancários falsos, que imitam documentos oficiais, incluindo logos e identidades visuais de órgãos públicos. O motorista, acreditando estar regularizando sua situação, efetua o pagamento, mas o dinheiro vai para contas bancárias ligadas a quadrilhas especializadas em crimes cibernéticos.
Após o pagamento, os valores são transferidos para contas abertas com documentos falsos ou no nome de “laranjas”, dificultando o rastreamento e a recuperação do dinheiro. Quando a vítima percebe o golpe, geralmente já é tarde demais para cancelar a transação.
Como identificar e evitar o golpe?
A PRF destaca que notificações de multas ou penalidades não são feitas por aplicativos de mensagens, ou redes sociais. A comunicação oficial ocorre exclusivamente por correspondência enviada pelos Correios, com o selo da Senatran e endereço oficial do órgão. Mensagens fora desse canal devem ser consideradas suspeitas.
- Nunca forneça dados pessoais ou bancários por mensagem: órgãos públicos não solicitam informações como CPF, número da CNH ou dados bancários por meios digitais.
- Desconfie de mensagens com tom de urgência: mensagens que induzem ao pânico, alegando suspensão iminente da CNH, costumam ser tentativas de golpe.
- Não clique em links desconhecidos ou suspeitos: links encurtados ou com grafias estranhas podem levar a páginas falsas, ou instalar malwares.
- Verifique a autenticidade dos boletos recebidos: confirme a existência da dívida no site oficial do Detran do seu estado ou da Senatran.
- Em caso de dúvida, procure canais oficiais: utilize o telefone 191 ou os sites oficiais para esclarecer dúvidas.

O que fazer se já foi vítima?
Se o motorista perceber que caiu no golpe após efetuar o pagamento, é crucial agir rapidamente. Deve-se registrar um boletim de ocorrência (BO) presencialmente ou pela delegacia virtual do estado. Comunicar o banco imediatamente e tentar bloquear ou reverter a transação é essencial.
Reúna todas as provas, como mensagens recebidas e comprovantes de pagamento, para auxiliar nas investigações. Também é indicado registrar uma denúncia na Polícia Federal ou nos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, e monitorar movimentações bancárias suspeitas nos dias seguintes.
Prevenção é a melhor forma de proteção
A PRF reforça que, embora o golpe tenha ganhado novas versões, o objetivo dos criminosos é explorar a boa-fé dos cidadãos. A conscientização é a principal ferramenta para impedir que mais brasileiros sejam prejudicados. Divulgar essas informações entre amigos, familiares e colegas de trabalho pode evitar que mais pessoas caiam nesse tipo de armadilha.
Informar-se por canais confiáveis e estar sempre atento aos sinais de fraude são atitudes fundamentais no combate ao estelionato digital.
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