Nesta quinta-feira (03), o Bank of England, instituição que age como Banco Central da Inglaterra, aumentou a taxa básica de juros do Reino Unido 2,25% para 3% ao ano. A alta de 0,75 ponto percentual foi a maior desde 1989.
O Comitê de Política Monetária (MPC) da instituição luta para evitar um avanço na inflação, impulsionado pela alta dos preços da energia, mesmo com a economia do Reino Unido entrando em uma recessão esperada. O juros de 3% é nível mais alto já registrado desde novembro de 2008.
Do total de 9 integrantes do comitê, 7 votaram pelo aumento de 0,75 ponto percentual. Um diretor optou pela alta de 0,5 ponto percentual. Outro preferiu aumentar em 0,25 ponto percentual.
O Bank of England prevê que a inflação atingirá uma máxima de 40 anos de cerca de 11% durante o trimestre atual, mas que o Reino Unido já entrou em uma recessão que pode durar dois anos – mais do que durante a crise financeira de 2008-09.
A autoridade monetária disse que a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) caia 0,75% no 2º trimestre de 2022 em comparação com o anterior. “O mercado de trabalho segue aquecido e há sinais contínuos de inflação mais firme nos preços internos e nos salários que podem indicar maior persistência”, disse o comunicado.
A Inglaterra poderá subir os juros nas próximas reuniões. Disse que há incertezas em torno das perspectivas e que continua avaliando que, caso haja mais pressão inflacionária, responderá com “força”, “conforme o necessário”.