Mude seus hábitos e seja protagonista de suas finanças!

Seis estágios para a mudança de comportamento

*Por Simone Costa.

Seis estágios para a mudança de comportamento
(Crédito: Canva Fotos)

Decidir de uma vez por todas colocar a vida financeira nos trilhos exige persistência, determinação, foco e coragem. Requer sobretudo uma mudança de comportamento.

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Os autores Klotler e Lee defendem que existe seis estágios para mudança de comportamento. Conheça-os na tabela abaixo. É vital entender a essência de cada etapa. Assim poderá identificar em que fase está e com base nisso tomar as atitudes necessárias para obter o novo comportamento desejado.

Estágios para mudança de comportamento:

Estágio Descrição

Pré-contemplação

Fase da negação. As pessoas não têm nenhuma intenção de mudar o comportamento e por muitas vezes não reconhecem que tem um problema.
Contemplação Fase do reconhecimento. As pessoas reconhecem que possuem um problema e começam a considerar como solucioná-lo, mas ainda não tomam nenhuma atitude a respeito.
Preparação Fase do “como e quando”. Os indivíduos então cientes de sua condição e de que precisam de uma mudança de comportamento. Desse modo, iniciam o planejamento e começam a ponderar sobre como percorrer o caminho necessário.
Ação Fase da atitude. As pessoas modificam mais abertamente seu comportamento e o ambiente que as cerca.
Manutenção Fase do consolidar e manter. As pessoas trabalham para consolidar os ganhos obtidos durante o estágio da ação e outros estágios e lutam para evitar lapsos e recaídas.
Término Fase do objetivo alcançado e perene. As pessoas embutem no seu dia a dia a mudança de comportamento obtida.

Na fase da contemplação é necessário empenho considerável de conscientização. Se uma pessoa entende que não tem um problema “por que mudar então?”. Por exemplo, uma pessoa que tenha necessidade de realizar o seu planejamento financeiro pessoal para melhorar sua vida financeira frágil, não pensa a respeito de buscar este conhecimento uma vez que ainda não reconheceu que isto é uma dificuldade. Neste sentido os esforços desta pessoa precisam ser direcionados para buscar um contexto que evidencie o “porquê” a mudança é necessária, quais os “benefícios” de fazê-lo e que isso é “simples” e “prático”. Indubitavelmente, neste caso, levar-se-á um tempo para que isso de fato ocorra.

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Quando o indivíduo está na fase da contemplação, ele literalmente “contempla” que existe um problema, mas não faz nada a respeito. Contemplar significa pensar a respeito, meditar profundamente, mas isso não está associado a alguma atitude. É preciso “despertar” para a ação. Existem vários motivos nos quais uma pessoa pode perceber um problema e não agir, tais, como: julgar que não possui capacidade para fazê-lo; entender que pode prorrogar; não querer se preocupar com esta questão naquele momento; não querer lidar com conflitos ou questões emocionais; entre outros. Neste caso, é preciso “trazer a situação para o presente” e direcionar quais são as etapas\fases a seguir de modo que o indivíduo consiga “contemplar” que “é possível e benéfico”. Além das questões apresentadas como simplicidade, praticidade e, acrescenta-se “no seu tempo”. Assim conseguirá entender que é possível e benéfico realizar o planejamento financeiro pessoal.

Na fase da preparação o caminho de conscientização já foi percorrido uma vez que a pessoa nesta fase tem ciência de que mudanças precisam ser feitas. A partir daí, há as considerações de como fazer e quando iniciar. Numa analogia com o planejamento financeiro é como se a pessoa reconhecesse a condição frágil e tivesse a percepção da necessidade de mudança de comportamento. Assim sendo, ela começa a buscar informações e pesquisar a respeito para definir quando irá iniciar e, literalmente, como irá fazer este processo. Esse é um primeiro passo importante!

Na fase da ação as pessoas implementam os comportamentos necessários para a mudança almejada e isso influencia no ambiente que as cerca. Tendo mais uma vez o planejamento financeiro como premissa, uma pessoa que decida colocar a vida financeira nos trilhos certamente vai precisar cortar ou reduzir certas despesas e esta ação indubitavelmente influenciará as pessoas que a cercam. Esse é o passo mais desejado, é quando a pessoa implementa o comportamento disseminado.

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A fase do consolidar e manter é extremamente almejada haja vista que a pessoa tende a “manter” o uso do planejamento financeiro. Isso significa previsibilidade de gastos e construção do presente e futuro. Para o planejamento financeiro, é a segunda ação mais almejada, dado que a primeira é iniciar o planejamento em si. O planejamento financeiro terá eficácia se a pessoa respeitar as premissas estabelecidas e seguir o “plano” e é essencial estar atento para não ser surpreendido (ou pego) por armadilhas financeiras. A fase da manutenção fará com que, por exemplo, a pessoa controle os gastos evitando comprometer o orçamento.

No estágio da mudança de comportamento chamada “término” as pessoas alcançaram a plenitude da alteração ambicionada. O novo comportamento está implementado e possui um ritmo contínuo. Neste estágio as influências externas que querem impulsionar as pessoas a retornaram o comportamento inicial não têm mais força; o novo jeito foi interiorizado. No planejamento financeiro é aquela pessoa que sempre, independente do tempo ou situação, seguirá as “regras” do planejamento financeiro para manter o orçamento sob controle.

E você, em qual fase do estágio da mudança de comportamento você está? Seja cada dia mais protagonista de sua vida financeira!

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*Autora do livro “Planejamento Financeiro: você no controle!”

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