
No universo acadêmico, é comum que os estudantes se vejam rodeados por colegas de diferentes áreas e cursos, certo? No entanto, para Isadora Resende, matriculada na Universidade Federal de Lavras (UFLA), não foi bem assim. Ela tornou-se a única aluna de seu curso e tem aulas exclusivas com os professores.
Ao ingressar no bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia, Isadora iniciou seus estudos com uma turma de 100 alunos. Porém, ao chegar no terceiro semestre, sua decisão de especializar-se em engenharia de produção a tornou a única aluna dessa especialidade em seu campus.
Essa situação colocou Isadora em uma posição rara, onde as aulas passaram a ser ministradas exclusivamente para ela. Com a escolha de focar na engenharia de produção, contra a tendência predominante entre seus colegas de optar por engenharia de software, encontrou-se em um cenário acadêmico quase solitário.
“Na faculdade, virou uma piada interna que sou a filha única do meu curso e eu me sinto filha única dos meus professores [risos]. Penso que é um privilégio muito grande ter doutores da área lecionando só para mim. É como ter aulas particulares em uma universidade federal! Algo que é quase impossível de acontecer”, conta ela em entrevista ao site Marie Claire.
Vantagens de ser a única aluna da sala
O lado ruim de ser a única aluna da sala é fácil perceber: a falta de interação e amizades podem trazer um sentimento de solidão. Além disso, os trabalhos em grupo ficam integralmente com ela: “Para mim não existe aquele papo de que a metade do grupo faz os slides e a outra metade a parte impressa, porque eu sou o grupo todo!”
No entanto, para Isadora, tem o lado bom: não existem as distrações típicas de uma classe cheia de gente. Além disso, ela tem a liberdade de utilizar laboratórios e recursos acadêmicos de forma exclusiva.
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