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USP deve ter banca de identificação racial no próximo vestibular, diz reitor

Published 22/02/2022
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Carlotti disse que para o vestibular de 2021-2022 não há mais tempo hábil para a criação da banca, mas que deve passar a valer no vestibular de 2022-2023. (Crédito: Canva Fotos)

O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Gilberto Carlotti Junior, disse nesta terça (22) que deve implantar uma banca de identificação racial para evitar fraudes nos próximos vestibulares.

O grupo será responsável por conferir a autenticidade da autodeclaração racial dada pelos alunos que ingressam na USP por meio do sistema de cotas.

“A USP usa como sistema de identificação a autodeclaração, mas vimos que isso não é suficiente e nos deparamos com algumas atitudes incorretas. Durante esse ano vamos discutir isso [bancas de identificação]”, afirmou Carlos.

A criação da banca acontece após a expulsão de seis fraudadores em julho de 2021. Um dos expulsos era o estudante de relações internacionais da USP, Braz Cardoso Neto, 20, que alegou ser pardo e ser de baixa renda, mas falhou em comprovar a declaração.

À comissão responsável pelo julgamento do caso, Braz enviou fotos de pessoas negras que alegou serem seus avós, mas não compartilhou com os membros do comitê dados que comprovassem parentesco. A decisão de expulsar o estudante foi unânime, e determinou ainda que ele não pudesse se matricular novamente na instituição pelos próximos cinco anos.

Segundo um levantamento da Folha de S. Paulo, pelo menos 163 estudantes foram expulsos de universidades federais desde 2017 por fraudes em cotas raciais. A campeã em número de expulsões, entre as instituições que responderam à reportagem na época, foi a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), com 33 pessoas desmatriculadas.

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