“Ainda Estou Aqui” é o 2° filme nacional de maior bilheteria pós-pandemia

A recepção de "Ainda Estou Aqui" tem sido amplamente positiva. O filme não apenas cativou o público geral, como também conquistou a crítica
A recepção de “Ainda Estou Aqui” tem sido amplamente positiva. O filme não apenas cativou o público geral, como também conquistou a crítica – Créditos: Divulgação

Em um cenário ainda se recuperando da pandemia, o filme “Ainda Estou Aqui” emergiu como uma potência nas bilheterias brasileiras. Estrelado por Fernanda Torres e dirigido por Walter Salles, a produção atingiu a marca de dois milhões de espectadores em menos de um mês desde sua estreia, em 7 de novembro de 2023. Esta conquista o coloca como a segunda maior bilheteria entre produções nacionais no período pós-pandêmico, superando filmes populares como “Os Farofeiros 2“.

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A obra, que aborda eventos sombrios da história brasileira, já arrecadou mais de R$ 8,9 milhões e ocupa uma posição significativa em termos de audiência, ultrapassando películas internacionais como “Wicked” na última semana. De acordo com dados da Comscore, o filme atraiu mais de 390 mil espectadores às salas de cinema em apenas quatro dias, de 21 a 24 de novembro.

Qual é a história por trás de “Ainda Estou Aqui”?

“Ainda Estou Aqui” é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Ambientada durante um dos períodos mais severos da ditadura militar no Brasil, na década de 1970, a trama segue a luta de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, em busca de respostas após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva. Selton Mello dá vida ao personagem Rubens, um deputado que some misteriosamente após ser levado por militares. A história reflete o impacto da repressão política sobre a vida familiar.

Eunice, mãe de cinco filhos, enfrenta o desafio de reconstruir sua vida enquanto busca incansavelmente por justiça. Esta narrativa pessoal destaca o sofrimento e a resistência de famílias sob regimes autoritários, propondo uma reflexão profunda sobre esse período histórico.

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Como foi a recepção crítica e pública de “Ainda Estou Aqui”?

A recepção de “Ainda Estou Aqui” tem sido amplamente positiva. O filme não apenas cativou o público geral, como também conquistou a crítica especializada. Durante a 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o filme foi apresentado em uma coletiva com os astros Fernanda Torres e Selton Mello, recebendo elogios por sua abordagem sensível e poderosa dos eventos narrados.

A seleção do filme pela Academia Brasileira de Cinema para concorrer na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025 é um indicativo do reconhecimento de sua qualidade e relevância. O desempenho dos atores, em especial de Fernanda Torres, foi destacado por sua capacidade de transmitir a complexidade emocional de suas personagens.

 

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Quais desafios o filme enfrenta na indústria cinematográfica atual?

A indústria cinematográfica brasileira enfrenta inúmeros desafios, especialmente pós-pandemia, quando muitas produções estavam paralisadas. A recuperação das bilheterias tem sido uma questão central, e filmes como “Ainda Estou Aqui” desempenham um papel crucial na revitalização do mercado. Além disso, a temática do filme apresenta desafios adicionais, considerando o contexto político e social abordado, que pode ressoar de formas variadas com o público moderno.

No entanto, a presença de atores renomados e um diretor consagrado como Walter Salles oferece um potencial de atração que pode superar essas dificuldades. A qualidade e o impacto emocional da narrativa são elementos que podem facilitar a aceitação e discussão sobre temas complexos pelo público.

O que torna o filme “Ainda Estou Aqui” relevante hoje?

A narrativa de “Ainda Estou Aqui” é um lembrete oportuno sobre a importância de enfrentar e compreender o passado. Retratando um período tumultuado da história do Brasil, o filme não só ilumina eventos históricos significativos como também encoraja o diálogo sobre direitos humanos e justiça social. Em tempos onde a memória histórica muitas vezes se encontra em disputa, produções como esta despertam a consciência coletiva e convidam a uma reflexão sobre as lições do passado.

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