
Lançado em 1939, “O Mágico de Oz” rapidamente se tornou um marco na história do cinema, conhecido por suas cenas vibrantes e coloridas. Utilizando a inovadora tecnologia Technicolor, o filme encantou o público, mas curiosamente não foi um sucesso de bilheteria imediato. Custando 2,7 milhões de dólares, arrecadou apenas 3 milhões, uma margem estreita para a época. Apesar disso, o filme se consolidou como um clássico, repleto de histórias intrigantes por trás das câmeras.
A produção de “O Mágico de Oz” foi complexa, envolvendo 14 roteiristas e cinco diretores. Richard Thorpe iniciou o projeto, mas foi substituído por não agradar os produtores. George Cukor, embora envolvido, não dirigiu cenas. Victor Fleming assumiu a maior parte das filmagens, mas saiu para dirigir “E O Vento Levou”. King Vidor finalizou o filme, e Mervyn LeRoy, o produtor, também dirigiu algumas cenas. Este artigo explora algumas das curiosidades mais fascinantes sobre esta icônica produção cinematográfica.
Quem foram os habitantes de Munchkinland?
Para dar vida aos habitantes de Munchkinland, mais de 350 atores anões foram contratados. No entanto, suas vozes não foram ouvidas no filme, já que muitos não falavam inglês fluentemente ou não sabiam cantar. Assim, cantores profissionais dublaram a maioria dos munchkins, exceto aqueles que entregam flores a Dorothy. Curiosamente, esses atores recebiam 50 dólares por semana, enquanto o cachorrinho Totó ganhava 125 dólares pelo mesmo período.
Quais desafios enfrentaram os atores com os figurinos?
Os figurinos de “O Mágico de Oz” eram tanto elaborados quanto desafiadores. Bert Lahr, que interpretou o Leão Covarde, usava uma fantasia que pesava mais de 45 kg, feita com pele de leão real. O calor era tanto que a roupa precisava ser lavada a seco todas as noites. Além disso, a prótese do personagem impedia Lahr de comer alimentos sólidos, limitando sua dieta a sopas e milk-shakes.
Ray Bolger, o Espantalho, usava uma máscara de borracha que deixava marcas em seu rosto. Essas marcas demoraram mais de um ano para desaparecer. Já Buddy Ebsen, inicialmente escalado como o Homem de Lata, teve uma reação alérgica ao pó de alumínio da maquiagem, sendo substituído por Jack Haley.
Como a equipe lidou com os efeitos especiais e adereços?
Os efeitos especiais em “O Mágico de Oz” também foram desafiadores. Os macacos alados, por exemplo, eram figurantes suspensos por cordas de piano, o que resultou em vários ferimentos durante as filmagens. Além disso, os cavalos da Cidade das Esmeraldas foram pintados com gelatina em pó para criar suas cores vibrantes, mas as cenas precisavam ser rápidas, pois os animais lambiam a pintura.

Por que os sapatos de Dorothy são tão icônicos?
Os sapatos vermelhos de Dorothy são um dos elementos mais icônicos do filme. Originalmente prateados, eles foram alterados para vermelho rubi para melhor aproveitar a tecnologia Technicolor. Diversos pares foram testados, mas apenas alguns foram usados no filme. Um par não utilizado foi adquirido por Debbie Reynolds, enquanto os verdadeiros estão expostos no museu Smithsonian, onde atraem tantos visitantes que o tapete em frente a eles precisa ser frequentemente substituído.
“O Mágico de Oz” continua a encantar gerações com suas histórias mágicas e personagens inesquecíveis. As curiosidades e desafios enfrentados durante sua produção apenas adicionam camadas de fascínio a este clássico atemporal.
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