No dia 5 de abril de 1994, há exatos 30 anos, o mundo perdia Kurt Cobain, ícone do movimento grunge. O músico fez história na banda “Nirvana” que, no seu auge, chegou a superar Michael Jackson nas paradas musicais poucos meses depois do lançamento do seu segundo álbum. Entretanto, Cobain tinha transtornos de saúde mental e lidava com seu vício em heroína. Na época, a polícia constatou que seu óbito aconteceu por suicídio.
Música desde a infância
Nascido em Aberdeen, no estado de Washington, Kurt cresceu em contato constante com a música. Quando tinha 14 anos, a coisa tomou uma proporção maior: ganhou sua primeira guitarra, e começou a fazer covers de outras bandas. O presente também deu origem às suas primeiras composições autorais.
Foi no ensino médio que ele conheceu o baixista Krist Novoselic, que eventualmente se tornaria membro do Nirvana ao seu lado. A princípio, o baterista do grupo seria Aaron Burckhard, mas foi substituído por David Grohl após o lançamento do disco de estreia, “Bleach”.
O primeiro contrato da banda aconteceu depois de várias apresentações independentes. Com a gravadora DGC Records, os artistas disponibilizaram a icônica faixa “Smells Like Teen Spirit”. O single foi parar no topo dos ranking musicais, e os despontou para o mundo.
Sucesso internacional
Depois do hit em 1990, veio mais um marco na carreira de Cobain – o álbum “Nevermind”. A tracklist conta com clássicos como “Come As You Are”, “Lithium” e “Something In the Way”.
Um símbolo do rock alternativo, a obra rompeu com as convenções do gênero ao apresentar um discurso de igualdade de gênero, contrário ao racismo e à homofobia. O próprio vocalista também ficou conhecido por suas letras introspectivas.
Entretanto, o sucesso deixava Kurt em conflito. Se tornar mainstream ia contra seus ideais de igualdade, vanguarda e resistência ao sistema. A presença da mídia (e às vezes até mesmo dos fãs) era incômoda para o artista.
Vida pessoal turbulenta
O sucesso mais alto que o esperado foi um dos fatores que levou o vocalista a desenvolver seu vício em drogas. Sua namorada, Courtney Love, tentava ajudá-lo com remédios e clínicas de reabilitação, mas nada parecia ajudar. Quanto mais famoso ficava, mais pesadas eram as substâncias que Cobain usava.
Eventualmente, em 1994, Kurt foi sozinho para sua casa em Seattle e suicidou, aos 27 anos, com um tiro. Três dias depois, as autoridades encontraram seu corpo.
Legado de Cobain
Apesar de ter tido uma carreira tragicamente curta, o artista deixou um legado de ativismo e originalidade na música. Numa época em que não era comum defender populações oprimidas, ele se tornou infame por seus protestos fervorosos. Cobain é referenciado até hoje, e continua sendo um dos guitarristas mais admirados de todos os tempos – mesmo 30 anos após seu falecimento.
Hoje faz 30 anos que perdemos Kurt Cobain. Fiz essa foto dele em 30/11/91. pic.twitter.com/Qo8IC6p0zz
— André Barcinski (@andre_barcinski) April 5, 2024