Nesta sexta-feira, a icônica atriz Maggie Smith faleceu pacificamente no hospital. Conhecida por seu comportamento reservado, ela esteve cercada por familiares e amigos até seus últimos momentos. Maggie deixa um legado impressionante, incluindo dois filhos e cinco netos que estão profundamente abalados por sua perda.
Nascida em 28 de dezembro de 1934, em Ilford, Essex, Margaret Smith começou sua carreira nos palcos da Oxford Playhouse nos anos 1950. Sua jornada levou-a à companhia teatral londrina Old Vic e, posteriormente, ao prestigiado Royal National Theatre, onde brilhou ao lado de seu primeiro marido, o ator Robert Stephens.
Na década de 1960, Maggie Smith conquistou a indústria cinematográfica, ganhando o Oscar de Melhor Atriz em 1969 pelo filme “Primavera de uma Solteirona“. Seu talento singular rendeu-lhe um segundo Oscar em 1979 por “California Suite“. Além desses prestigiados prêmios, ela também acumulou quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas ao longo de sua carreira.
Os papéis mais memoráveis de Maggie Smith
Entre os diversos personagens que interpretou, Maggie Smith destacou-se como a condessa Lady Violet na série “Downton Abbey” e como a Professora Minerva McGonagall na saga “Harry Potter“. Sua performance como Lady Violet, uma figura ao mesmo tempo sarcástica e encantadora, ampliou ainda mais sua fama global. “Minha vida era perfeitamente normal antes de Downton Abbey”, revelou em uma entrevista em 2017.
Em “Mudança de Hábito” (1992), ela divertiu o público como uma madre superiora, e em “A Senhora da Van” (2015), comoveu como uma idosa sem-teto. Sua versatilidade permitiu que ela brilhasse em uma variedade de papéis, cada um demonstrando sua notável habilidade e dedicação ao ofício.
A vida pessoal e prêmios
Seu casamento com Robert Stephens, que enfrentou problemas com alcoolismo e infidelidade, terminou em 1975. Maggie teve dois filhos com Stephens, Chris Larkin e Toby Stephens. Depois do divórcio, ela se casou com o dramaturgo Beverley Cross, com quem viveu e trabalhou no Canadá.
Maggie Smith foi reconhecida pelo seu trabalho exemplar nas artes ao ser nomeada Comandante da Ordem do Império Britânico em 1990 e Companheira de Honra em 2014. Seus serviços ao teatro e ao cinema britânico são inestimáveis, e sua contribuição para as artes foi amplamente celebrada.
Um símbolo de força
Em 2007, Maggie foi diagnosticada com câncer de mama e continuou a trabalhar mesmo durante o tratamento quimioterápico. Sua determinação foi evidente quando participou das gravações de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” (2009) enquanto enfrentava a doença. Além disso, ela conviveu com a doença de Graves, uma condição autoimune que afeta a tireoide e pode resultar no movimento exagerado dos olhos.
A atriz era conhecida por seu humor aguçado e perfeccionismo. “Não tolero imbecis, e eles não me toleram. Por isso, fico irritada. Talvez seja por isso que sou boa em interpretar velhas tolas”, disse em uma entrevista ao The Guardian em 2014.
Maggie Smith deixou um legado de excelência e bravura que continuará a inspirar futuras gerações. Sua dedicação ao teatro e ao cinema fez dela uma das figuras mais queridas e respeitadas nas artes, e sua obra será lembrada e celebrada por muitos anos.