POLÊMICA NO ROCK

Roger Waters veste figurino com alusões ao nazismo; veja o vídeo

O músico apareceu com um casaco e braçadeiras vermelhas em um show em Berlim, Alemanha

Roger Waters veste figurino com alusões ao nazismo, veja o vídeo
O músico Roger Waters colocou uniforme com referências ao nazismo (Foto; Reprodução/Carta Capital)

Roger Waters e o nazismo: estas palavras na mesma frase fazem sentido? É o que autoridades policiais de Berlim querem saber. Um dos fundadores da icônica banda de rock Pink Floyd está sendo investigado por incitação ao ódio depois que ele vestiu um uniforme com alusões ao nazismo em um show na capital alemã; veja o vídeo abaixo.

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“Estamos investigando uma suspeita de incitação ao ódio público porque as roupas usadas no palco podem ser utilizadas para glorificar ou justificar o regime nazista, perturbando a ordem pública“, disse à AFP o porta-voz da polícia de Berlim, Martin Halweg, ao anunciar a investigação nesta sexta-feira (26).

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“As roupas lembram o uniforme de um oficial da SS”, acrescentou o porta-voz. A investigação se refere a uma apresentação do cantor no dia 17 de maio, na Mercedes-Benz Arena. Imagens divulgadas nas redes sociais da organização Stop Antisemitism mostram Waters com um casaco preto e braçadeiras vermelhas segurando um fuzil “atirando de brincadeira”.

Apesar da polêmica recente, o figurino não é inédito, informa a revista Rolling Stone. Waters o utilizou na turnê The Wall, ainda com o Pink Floyd, no começo dos anos 80. A intenção, no show feito dias atrás, é abordar o enredo do álbum de mesmo nome, que faz uma dura crítica aos regimes fascistas a partir da história.

A cena, no mínimo esquisita, gerou discussão nas redes sociais também quando os nomes de Anne Frank (garota alemã de origem judaica que escreveu O Diário de Anne Frank, em que registra as atrocidades do regime nazista na Segunda Guerra Mundial) e de Shireen Abu Akleh (jornalista morta pelo exército israelense) foram exibidos no telão. O ministério israelense das Relações Exteriores afirmou que Waters “profanou a memória de Anne Frank e de seis milhões de judeus assassinados no Holocausto”.

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