O Botafogo entra em cena mais uma vez, não pelas vitórias em campo, mas por um ato que ocorreu fora dele. O clube carioca será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por “não prevenir e reprimir a conduta” considerada “desordem”. Este episódio polêmico gerou muito debate nas redes sociais e levantou questões sobre a responsabilidade dos clubes diante de eventos similares.
O episódio que colocou o Botafogo no centro desta polêmica aconteceu próximo ao Estádio Nilton Santos, perto de uma das passarelas da linha do trem. Horas antes do início da partida entre Botafogo e Palmeiras, fotos e vídeos dos bonecos ganhando as redes sociais fizeram com que o clube tomasse medidas imediatas. Ao tomar conhecimento da situação, o Botafogo acionou a Polícia Militar para a remoção dos objetos.
STJD julgará Botafogo por “Desordem”
O Botafogo será julgado pelo artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que versa sobre a responsabilidade do clube em prevenir e reprimir atos de desordem. Este artigo prevê uma multa que pode variar de R$ 100 a R$ 100 mil, além da perda do mando de campo de uma a dez partidas. A Procuradoria do STJD é clara em seu parecer:
“Os vídeos e matérias jornalísticas colacionados aos autos não deixam dúvidas quanto aos lamentáveis fatos que ocorreram antes do início da partida entre Botafogo e Palmeiras, com único intuito de incitação à violência em face do Presidente da CBF e da mandatária do Palmeiras.”
O que precipitou a ação do Botafogo?
A decisão do Botafogo de acionar a Polícia Militar foi motivada pela viralização dos vídeos e fotos dos bonecos nas redes sociais. A rápida disseminação das imagens fez com que o clube tomasse atitudes para evitar qualquer escalada de violência. Nas redes sociais, o Botafogo manifestou-se condenando os atos e ressaltando que solicitou apoio policial imediatamente.
Como o Botafogo se manifestou nas redes sociais?
Logo após os fatos se tornarem conhecidos, o Botafogo usou suas plataformas de redes sociais para repudiar completamente o ato. Em nota oficial, o clube afirmou:
“O Botafogo repudia veementemente as ameaças e atos criminosos manifestados contra a Presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Tão logo tomou conhecimento, a Diretoria solicitou ao policiamento que agisse imediatamente.”
Além disso, o técnico do Botafogo também se pronunciou à imprensa, pedindo desculpas e pedindo para que os torcedores entendam que esse tipo de atitude não ajuda o time a vencer.
Qual a repercussão na mídia?
Devido à sensibilidade do tema, por decisão editorial, veículos como o ge, da Globo, optaram por não exibir fotos ou vídeos dos bonecos, evitando dar visibilidade à agressão.
Este caso levantou uma discussão importante sobre a responsabilidade dos clubes em prevenir e reprimir atos de violência associados aos jogos de futebol. É uma oportunidade para reflexão sobre o papel das entidades esportivas na promoção de um ambiente seguro e respeitoso para todos.
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