Gigante carioca pode se tornar SAF em breve

Gigante carioca pode se tornar SAF em breve
BTG Pactual – Créditos: depositphotos.com / rafapress

O Fluminense, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, está explorando um modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que visa alinhar interesses financeiros e esportivos. Em meio a questionamentos sobre transparência e possíveis conflitos de interesse, a proposta da SAF busca atrair investidores com um vínculo afetivo com o clube. Essa abordagem pretende garantir que o foco não seja apenas o lucro, mas também as conquistas esportivas.

Publicidade

A estratégia do Fluminense envolve a busca por investidores que compartilhem uma ligação emocional com o clube. A ideia é que essa conexão pessoal reduza a pressão por resultados financeiros imediatos, permitindo que o clube se concentre em alcançar sucesso esportivo. Com investidores emocionalmente comprometidos, a necessidade de vender jogadores para equilibrar as finanças poderia ser minimizada, aumentando as chances de conquistas em campo.

Quais são os benefícios de um investidor emocionalmente Comprometido?

O modelo de SAF proposto pelo Fluminense sugere que investidores com laços emocionais com o clube teriam mais paciência e disposição para apoiar o time, mesmo em momentos de dificuldades financeiras. Essa abordagem pode resultar em um ambiente mais estável e propício para o desenvolvimento do futebol, com menos pressão para gerar lucros rápidos.

Além disso, a presença de investidores apaixonados pelo clube pode incentivar um aumento no número de sócios-torcedores e na venda de jogadores por valores mais altos, caso o time alcance sucesso em competições. Esses fatores poderiam contribuir para um retorno financeiro mais rápido, satisfazendo tanto os interesses dos investidores quanto os objetivos esportivos do clube.

Como a SAF do Fluminense será estruturada?

A estrutura proposta para a SAF do Fluminense inclui a venda de 60% do departamento de futebol, com um valor total estimado em R$ 850 milhões. O aporte inicial seria de R$ 270 milhões, seguido por duas parcelas adicionais em 2026 e 2027. A gestão do futebol seria conduzida por um CEO, garantindo que as decisões diárias sejam centralizadas e coordenadas de forma eficaz.

Gigante carioca pode se tornar SAF em breve
Entrevista coletiva do Presidente Mario Bittencourt – FOTO DE MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC

O presidente do clube, Mário Bittencourt, está aberto a assumir o cargo de CEO, mas a escolha final caberá aos investidores. A presença de um Conselho de Administração também é prevista, garantindo que a diversidade de investidores não interfira na gestão do dia a dia.

Quem são os potenciais investidores?

Embora ainda não haja investidores definidos, as conversas com o banco BTG sugerem a possibilidade de participação de André Esteves, torcedor do Fluminense e dono do banco. Além disso, Guilherme Benchimol, da XP, também foi mencionado como um potencial investidor. A ideia é pulverizar as ações para minimizar riscos futuros e garantir uma gestão equilibrada.

O modelo de SAF do Fluminense representa uma tentativa inovadora de equilibrar interesses financeiros e esportivos, com foco em investidores que compartilham uma paixão pelo clube. Essa abordagem pode oferecer uma nova perspectiva para o futuro do Fluminense, combinando estabilidade financeira com a busca por conquistas no futebol.

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.