Em evento realizado na manhã desta segunda-feira (11) na Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil, em São Paulo, o delegado da LALIGA no Brasil, Daniel Alonso, falou sobre as medidas adotadas para coibir casos de racismo e xenofobia.
“Obviamente impacta (na construção da marca da LALIGA no Brasil). Impacta e muito, porque para a gente é um tema muito sério. Não dá para tirar o que aconteceu”, reflete. Porém, o representante espanhol acredita que dar luz a este comportamento de torcedores fez com que a resolução ficasse mais próxima:
“Acredito que, dentro do ruim, acabou sendo positivo para transmitir o trabalho que a gente vinha fazendo, colocar esse valor e melhorar, conscientizar a sociedade. O que mudou desde o ano passado, quando aconteceu isso? Não é só mudança do que a gente tem que fazer, é mudança da sociedade. A gente tem que ser exemplo e motor dessa mudança, estamos acostumados a sermos. Temos que fazer tudo o que está a nossa mão para acabar com qualquer caso de xenofobia, ódio, discriminação do futebol. E estamos fazendo isso, ajudando o Vinicius ou qualquer jogador que sofre qualquer caso de discriminação na Espanha.”
Sobre as medidas, ele diz:
“Estamos colocando recursos e aquecendo esse motor para que leve mais a sério quem não estava fazendo o seu trabalho para poder punir os criminosos que fazem esses atos. A gente está denunciando, colocando advogados nesses processos, falando com o Ministério Público e a fiscalização contra ódio, xenofobia e casos de discriminação”.
Daniel explicou, por fim, como estes casos de racismo e xenofobia afetam a imagem do torneio. “Atrapalha nossos planos na construção de marca? Atrapalha. Mas eu também acredito que saímos mais fortes pela aposta real contra todos esses casos de discriminação”, completou.