Daniil Medvedev conservou sua energia após a pré-temporada mais curta de sua carreira com uma eficiente vitória sobre o batalhador suíço Henri Laaksonen na terça-feira (18) para chegar à segunda rodada do Aberto da Austrália.
Campeão do Aberto dos EUA, Medvedev, favorito a ganhar o título em Melbourne Park após a deportação de Novak Djokovic, teve apenas 14 dias de descanso no final de 2021 antes de disputar a campanha que levou a Rússia para as semifinais da ATP Cup neste mês.
O calendário apertado do tênis tem sido um pesadelo para os jogadores durante anos, com muitos reclamando do peso físico, mas Medvedev pôde ver poucas soluções.
“É impossível, e sim, definitivamente não é suficiente [a pré-temporada]”, disse o russo aos repórteres após sua vitória por 6-1, 6-4 e 7-6(3) ao sol da tarde na Rod Laver Arena. “Se você quer representar seu país todos os anos na Copa Davis e se você está todos os anos nas finais, bem, isso se torna impossível”, disse. “Portanto, você terá que sacrificar algo. Às vezes seu corpo lhe dirá o que você tem que sacrificar, às vezes você terá que decidir”. “E não é uma decisão fácil, porque muitas pessoas estarão contra suas decisões”, disse.
Medvedev teve pouca necessidade de testar sua aptidão física na terça-feira (18), quando passou pelos dois primeiros sets contra Laaksonen, número 91 do mundo.
Laaksonen, que nasceu na Finlândia, mas representa a Suíça, arrastou Medvedev para uma dura batalha no terceiro set e teve alguns momentos de tênis brilhante para se manter na disputa no tiebreak, mas acabou sucumbindo com dois erros não forçados e dar ao russo três match points.
Medvedev converteu o primeiro deles para selar a vitória em seu retorno à quadra central um ano depois de ter sido destruído por Djokovic na final de 2021.
Medvedev, que vingou-se de Djokovic na final do Aberto dos EUA para conquistar seu primeiro título de Grand Slam, disse que teria adorado testar a si mesmo contra o sérvio nove vezes campeão novamente em Melbourne Park.
“Lembro-me no ano passado quando eu estava como ‘bem, está bem, isso é um bom desafio, tentar pará-lo’. [Eu] estava longe, longe disso”, afirmou. “Então, sim, na verdade eu gosto de desafios, então eu adoraria ter esta oportunidade de enfrentá-lo novamente, talvez na final ou algo parecido aqui na Rod Laver”. “Mesmo que ele me vença, ou não, é um bom desafio e eu gosto de desafios em minha carreira”, disse.
(Agência Brasil)