Após o lançamento da nova coleção de camisas da seleção brasileira pela Nike, muitas postagens nas redes sociais chamaram a atenção para uma série de palavras religiosas que estão “indisponíveis” para a customização das camisetas.
Alguns internautas apontaram que não era permitido colocar “Exu” ou “Ogum” nas costas das camisetas, mas que “Jesus” e “Cristo” eram nomes que estavam liberados. O fato levantou nas redes um debate sobre liberdade religiosa.
Após a polêmica, um funcionário público entrou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) e solicitou que o órgão apure o caso. Por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro, o MPF se reuniu com a Nike e, no último dia 11 de novembro, firmou um acordo com a empresa.
A marca se comprometeu a fiscalizar e garantir que a sua política de marketing, que proíbe a customização de camisas com temas religiosos, não pratique nenhum tipo de discriminação religiosa.
Agora, todas as opções de customização com temas religiosos, incluindo “Jesus” e “Cristo”, estão “indisponíveis”. Esta lista de termos proibidos nas camisas pela Nike também contém palavras de cunho racista, palavrões e nomes de políticos.
A camisa da seleção brasileira custa R$ 349,99 e a customização com o nome implica em um acréscimo de R$ 14,99 no valor total.
Pessoal de religião afro queria colocar seus nomes na camisa, mas não podia. Ministério público foi acionado, conversou com a fabricante (nao a Nike) que então proibiu geral. https://t.co/9bg7IuaCCG
— THIAGO (@THIAGOdeleon) November 16, 2022