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Novak Djokovic é incluído em sorteio do Aberto da Austrália

Published 13/01/2022
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Novak Djokovic da Sérvia observa durante uma sessão de treinos antes do Aberto da Austrália de 2022 no Melbourne Park em 13 de janeiro de 2022 em Melbourne, Austrália. (Foto de Graham Denholm/Getty Images)

O tenista número um do mundo Novak Djokovic foi incluído no sorteio do Aberto da Austrália nesta quinta-feira (13), embora a incerteza sobre sua participação no torneio continue pairando, com o governo australiano considerando se deveria ou não revogar seu visto pela segunda vez.

O ministro da Imigração, Alex Hawke, pode exercer seu poder discricionário para cancelar o visto com base na preocupação sobre a isenção médica do sérvio das regras de vacinação contra o novo coronavírus (covid-19) da Austrália.

O atual detentor do título do torneio, de 34 anos, que treinou na Rod Laver Arena na quinta-feira, enfrentará o compatriota sérvio Miomir Kecmanovic em sua partida de estreia, provavelmente na segunda ou terça-feira.

A saga intensificou o debate global sobre os direitos dos não vacinados e se tornou uma questão política complicada para o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, enquanto ele faz campanha para a reeleição.

A Austrália deve realizar uma eleição até maio, e enquanto o governo de Morrison ganhou apoio em casa por sua posição dura sobre a segurança na fronteira ele não escapou das críticas sobre a maneira que lidou com a questão do visto de Djokovic.

Djokovic, um cético em relação à vacina, alimentou a raiva generalizada na Austrália quando anunciou que estava a caminho de Melbourne com uma isenção médica dos requisitos para que os visitantes fossem vacinados contra a covid-19.

Na chegada, a Força Fronteiriça Australiana decidiu que sua isenção era inválida e ele foi mantido junto com os requerentes de asilo em um hotel de detenção da imigração por vários dias.

Um tribunal, na segunda-feira, permitiu que ele ficasse no país com o argumento de que os funcionários tinham sido “irracionais” em sua entrevista em um processo de sete horas no meio da noite.

O governo deve agora decidir se deixa Djokovic permanecer no país e, consequentemente, seguir na busca pelo 21º título de um torneio de Grand Slam, o que seria um recorde entre os homens.

“O que ele deve [fazer], é expulsá-lo”, disse Tyler Agnew, morador em Melbourne, sobre a decisão pendente, refletindo a raiva generalizada em um país que suportou alguns dos maiores lockdowns do mundo e tem uma taxa de vacinação de 90% entre os adultos.

A causa de Djokovic não foi ajudada por um erro em sua declaração de entrada, onde uma caixa foi marcada declarando que ele não havia viajado para o exterior nas duas semanas anteriores à partida para a Austrália.

Na verdade, ele tinha ido da Sérvia para a Espanha. Djokovic atribuiu o erro a seu agente e reconheceu que também não deveria ter feito uma entrevista e uma sessão fotográfica para um jornal francês em 18 de dezembro enquanto estava infectado pela covid-19.

(Agência Brasil)

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