Pequim: teste de doping positivo de russa de 15 anos gera indignação

A medalha de ouro da jovem de 15 anos e o futuro da Olimpíada agora estão em jogo enquanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) tenta marcar posição sobre o doping russo

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A adolescente sensação da patinação artística Kamila Valieva testou positivo em exame antidoping antes de conquistar medalha de ouro na Olimpíada de Inverno de Pequim, e autoridades olímpicas vão contestar a decisão da Rússia de deixá-la competir nos Jogos, disse a Agência Internacional de Testes (ITA) nesta sexta-feira (11)

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A medalha de ouro da jovem de 15 anos e o futuro da Olimpíada agora estão em jogo enquanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) tenta marcar posição sobre o doping russo.

A patinadora é uma das atletas olímpicas mais jovens a testar positivo para uma substância proibida e muitos torcedores ao redor do mundo expressaram indignação sobre como ela passou a ter uma droga proibida para angina em seu corpo.

“É uma pena, e os adultos responsáveis ​​deveriam ser banidos do esporte para sempre!!!”, afirmou a estrela da patinação artística alemã Katarina Witt no Facebook. “O que eles fizeram com ela conscientemente, se for verdade, não pode ser superado em desumanidade e faz meu coração de atleta chorar infinitamente.”

Atletas russos estão competindo em Pequim sem sua bandeira e hino nacional por causa de sanções contra a Rússia por violações anteriores. A Rússia reconheceu algumas deficiências na implementação das regras antidoping, mas nega a execução de um programa de doping patrocinado pelo Estado.

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Um desafiador Kremlin disse nesta sexta-feira (11) estar convencido de que o teste de drogas positivo de Valieva foi um “mal-entendido”.

“Mantenha a cabeça erguida, você é russa”, pediu o porta-voz de Moscou, Dmitry Peskov, a Valieva em uma teleconferência com repórteres. “Vá com orgulho e vença todos.”

Valieva protagonizou um dos destaques dos Jogos de Inverno ao realizar os primeiros saltos quádruplos de uma mulher em uma competição olímpica na segunda-feira (7).

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Seu sonho olímpico, no entanto, se transformou em um pesadelo nesta sexta-feira (11), quando o ITA revelou publicamente que ela havia testado positivo para a droga proibida para angina Trimetazidina em uma amostra de urina coletada pelas autoridades russas no campeonato nacional em São Petersburgo em 25 de dezembro.

O laboratório de testes em Estocolmo, na Suécia, informou na terça-feira (8) que sua amostra foi positiva, um dia depois que ela impressionou o mundo com seus saltos quádruplos únicos e ajudou a ganhar o ouro para sua equipe, que está competindo como Comitê Olímpico Russo (ROC).

Não ficou imediatamente claro por que houve tanto atraso entre o teste e o resultado, o que lhe permitiu viajar para Pequim e participar do primeiro de seus dois eventos.

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O COI disse que o tratamento deste caso se deu inicialmente com as autoridades russas de testes e depois com o laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) na Suécia.

A Agência Antidoping Russa (Rusada) não respondeu às perguntas da Reuters.

A principal autoridade antidoping dos Estados Unidos, Travis Tygart, que desvendou a operação de doping do ciclista norte-americano Lance Armstrong, expressou solidariedade por Valieva, mas disse que os EUA podem usar novas leis para processar pessoas ao seu redor.

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“Atletas limpos merecem mais, e essa pobre jovem merece mais”, disse Tygart, chefe da Agência Antidoping dos EUA (Usada), à Reuters na sexta-feira. “Ela está sendo mastigada [por doping] pelo sistema estatal russo.”

* É proibida a reprodução deste conteúdo.

(Agência Brasil)

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