Em junho de 2025, o Mundial de Clubes da FIFA debutará com um formato inovador, semelhante à Copa do Mundo, reunindo 32 clubes de diversas partes do globo. Flamengo, Palmeiras, Fluminense e Botafogo já estão confirmados como representantes brasileiros e sul-americanos. Gigantes europeus, como Real Madrid e Manchester City, também já têm seus lugares garantidos. Apesar do potencial econômico e esportivo, a mudança não está isenta de controvérsias.
Apesar do entusiasmo em algumas partes do mundo, a Europa apresenta resistência à nova configuração, principalmente devido ao congestionado calendário de partidas de seus clubes. A FIFA busca atrair os principais times europeus prometendo altos prêmios em dinheiro, mas a eficácia dessa estratégia é alvo de debate.
Quais são os desafios econômicos do novo torneio?
Um dos principais desafios do novo Mundial de Clubes é garantir uma rentabilidade considerável. A FIFA visa arrecadar US$ 4 bilhões com a venda de direitos de transmissão, à semelhança do que ocorre na Copa do Mundo. No entanto, a oferta mais recente, de US$ 1 bilhão da Apple, foi recusada, o que gerou dúvidas sobre a viabilidade dos planos da entidade.
Um dos planos alternativos envolve levantar US$ 2 bilhões por patrocínios e transmitir o torneio pela própria plataforma de streaming da FIFA. Esses movimentos têm como pano de fundo uma comparação constante com outras grandes competições, como a Copa do Mundo, a Eurocopa, a Champions League e a Libertadores, cada uma delas com seus próprios ganhos substanciais em direitos de transmissão.
Qual é o potencial do novo Mundial em termos de receita?
Andrea Sartori, CEO do Football Benchmark, estima que o Mundial de Clubes poderia arrecadar entre 1,2 e 1,5 bilhão de euros, com base em uma média de 20 a 25 milhões de euros por jogo, multiplicados por 63 partidas. Entretanto, a desinteresse pelo torneio na Europa pode ser um obstáculo significativo. Na Copa do Mundo de 2022, metade da receita de mais de 2 bilhões de euros veio do continente europeu, evidenciando sua importância no cenário global.
O desafio recai, portanto, sobre a FIFA: como tornar o torneio atrativo para um público já saturado de competições de futebol? Sartori aponta que o aumento no número de partidas não necessariamente se traduz em aumento de valor e pode, de fato, comprometer a qualidade geral do evento.
Quais são as implicações para o calendário global do futebol?
A introdução do novo Mundial de Clubes pode reconfigurar o calendário internacional de futebol. Os detentores de direitos e os clubes têm interesses próprios a proteger, o que pode criar conflito. Cada entidade concentra-se em maximizar suas próprias competições, o que pode levar a uma canibalização de receitas entre diversos torneios.
A solução exigirá negociação e compromisso de todas as partes envolvidas, especialmente para integrar o Mundial de Clubes de maneira harmoniosa ao calendário já denso do futebol global. A capacidade da FIFA de equilibrar interesses econômicos e a exaustão dos jogadores será crucial para o sucesso da competição.
Considerações finais sobre o Mundial de Clubes de 2025
Embora a expectativa para o Mundial de Clubes em seu novo formato seja alta, questões sobre viabilidade financeira e aceitação, especialmente pela Europa, ainda permanecem. Flamengo, Palmeiras, Fluminense e Botafogo aguardam a competição entre 15 de junho e 13 de julho nos EUA. A decisão da FIFA em estruturar esta competição pode redefinir o cenário do futebol de clubes, tanto em termos econômicos quanto esportivos, mas os desafios são claros e significativos.
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