A mascote do Jubileu de 2025 do Vaticano, uma personagem conhecida como “Luce” (Luz), vem gerando controvérsias entre certas alas conservadoras da Igreja Católica. Projetada pelo artista italiano Simone Legno, criador da popular marca tokidoki, a mascote despertou críticas, não por sua aparência inspirada em mangás e animes, mas pelo histórico do artista.
Simone Legno é conhecido por suas criações artísticas que frequentemente incorporam elementos da cultura pop japonesa. A marca tokidoki, criada por ele, comercializa uma variedade de produtos que incluem desde brinquedos colecionáveis até itens considerados menos ortodoxos, como vibradores de formas inusitadas. Este portfólio diversificado é o principal motivo que levou a críticas quanto à escolha de Legno como designer da mascote para um evento religioso.
Quem é Simone Legno?
Simone Legno é um artista italiano que conquistou notoriedade através de sua marca tokidoki, que significa “às vezes” em japonês. A marca é conhecida por suas ilustrações vibrantes e personagens estilizados que remetem ao universo dos quadrinhos japoneses. Este estilo peculiar atraiu uma base de fãs global e gerou inúmeras colaborações com grandes marcas e produtos.
No entanto, parte do portfólio de Legno é composta por itens que alguns setores da Igreja consideram inadequados, especialmente para associações com eventos religiosos. Esta tensão entre o comercial e o sacro é uma questão que permeia as críticas atuais.
Por que a escolha de Simone Legno gerou críticas?
O ponto central das críticas é a associação indireta do Vaticano com produtos que não refletem os valores tradicionais da Igreja Católica. O site italiano La Nuova Bussola Quotidiana levanta a questão sobre o conhecimento prévio do Vaticano quanto ao portfólio do artista. A preocupação gira em torno da imagem pública que a escolha de Legno poderia projetar, assimilando inadvertidamente símbolos profanos a um evento sagrado.
As controvérsias destacam um debate maior sobre a modernização da comunicação visual da Igreja e os limites entre arte, cultura popular e religião. Ao optar por um artista contemporâneo de espírito inovador, a Igreja abre discussões sobre os métodos e parceiros que escolhe para alcançar uma audiência mais jovem e diversificada.
Como essa polêmica afeta o Jubileu de 2025?
A mascote “Luce” é uma tentativa de atrair um público mais jovem e renovar a abordagem da Igreja em grandes eventos. Contudo, as críticas colocam um foco indesejado sobre a escolha de seus colaboradores. Para muitos fiéis, o Jubileu deve ser um momento de reflexão e espiritualidade, desassociado de polêmicas comerciais.
Até o momento, o Vaticano não se pronunciou oficialmente sobre as críticas, mas a discussão continua ativa entre fiéis e críticos. Como as redes sociais e plataformas de comunicação se tornam cada vez mais proeminentes, a gestão da imagem pública da Igreja e suas associações se tornam pontos fundamentais para futuras decisões em eventos de tamanha magnitude.
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