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“A premissa deve ser de confiança mútua, não de desconfiança e sanções”, diz Lula sobre acordo Mercosul-União Europeia

Published 12/06/2023
“A premissa deve ser de confiança mútua, não de desconfiança e sanções”, diz Lula sobre acordo Mercosul-União Europeia

(Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O instrumento acrescentado ao acordo Mercosul-União Europeia, que expande as obrigações do Brasil e prevê sanções em caso de descumprimento, voltou a ser alvo de críticas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta segunda-feira (12). Durante o encontro com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, Lula afirmou que “a premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua, e não de desconfiança e sanções”.

Ainda durante a reunião, que aconteceu no Palácio do Planalto, o chefe do Governo Federal pontuou que a União Europeia aprovou, em paralelo, leis próprias com efeitos extraterritoriais e que modificam o equilíbrio do acordo — conforme publicação da Agência Brasil.

Essas iniciativas representam restrições potenciais às exportações agrícolas e industriais do Brasil”, declarou Lula. Por sua vez, von der Leyen reforçou que este não é apenas um acordo comercial, mas uma plataforma para viabilizar diálogo e engajamento a longo prazo, e que há total interesse em finalizar o acordo Mercosul-União Europeia ainda em 2023.

O acordo há de render vantagens para ambos os lados, criar condições para fluir investimentos, respaldar a reindustrialização do Brasil, integrar cadeias de suprimentos e aumentar competitividade da indústria”, disse a presidente da Comissão Europeia.

O encontro entre os líderes também teve como pauta o meio ambiente. Na ocasião, von der Leyen anunciou que a União Europeia fará uma doação de 20 milhões de euros ao Fundo Amazônia. O valor equivale a aproximadamente R$ 100 milhões.

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